Brasil, 27 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Frigorífico em Goiânia diz que petistas não são bem-vindos

A loja de um frigorífico em Goiânia gera polêmica ao afixar cartaz ao avisar que petistas não são bem-vindos no local.

Uma loja do Frigorífico Goiás, localizada em uma área nobre de Goiânia, gerou polêmica nesta semana após fixar um cartaz na entrada com a mensagem: “Petista aqui não é bem-vindo”. O cartaz, que também anunciava o preço do quilo do filé mignon black angus, rapidamente circulou pelas redes sociais, provocando reações variadas entre a população.

Repercussão nas redes sociais

O aviso no estabelecimento não passou despercebido. Nas redes sociais, o cartaz provocou uma onda de críticas e apoio, refletindo a polarização política atual no Brasil. Enquanto alguns usuários apoiaram a posição do frigorífico, outros consideraram a mensagem discriminatória e inaceitável para um comércio que realiza vendas ao público em geral.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o CEO do frigorífico tentou esclarecer a situação, afirmando que a mensagem não implicava em uma proibição aos petistas, mas apenas indicava que não eram bem-vindos no ambiente. Essa explicação, no entanto, não foi suficiente para acalmar os ânimos de muitos consumidores e ativistas.

Acionamento do Ministério Público

A repercussão da publicação levou o deputado estadual Mauro Rubem (PT) a tomar medidas legais, acionando o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e o Procon estadual. Na representação feita ao MP-GO, o deputado questiona a prática de publicidade abusiva, uma violação prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O Procon foi acionado para investigar a situação e avaliar possíveis sanções ao frigorífico, levantando questionamentos em relação ao tratamento que o estabelecimento reserva a diferentes grupos políticos e como isso impacta os direitos dos consumidores.

Histórico de polêmicas

Este não é o primeiro episódio controverso envolvendo o Frigorífico Goiás. Em outubro de 2022, durante a fervorosa campanha eleitoral, a loja havia se tornado um hotspot de polêmica após o lançamento da chamada “picanha mito”, vendida a R$ 22, uma referência direta ao número do então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A ação gerou tumulto e resultou em uma determinação judicial que suspendeu a venda do produto.

Esses eventos levantam questões sobre a ética no comércio e a responsabilidade social por parte de empresas, que, enquanto entidades comerciais, também desempenham um papel na sociedade ao refletir e influenciar o debate público.

A resposta do frigorífico

Até o fechamento deste artigo, o Metrópoles não conseguiu obter uma resposta oficial do frigorífico a respeito das acusações e do protesto em relação ao cartaz. A ausência de uma posição clara da empresa abre espaço para interpretações variadas e alimenta ainda mais o debate sobre as fronteiras entre opinião política e comércio.

Reflexões finais

O caso do frigorífico em Goiânia levanta uma série de reflexões sobre como o comércio pode interferir na vida política e social do país. Em um momento de intensa polarização, os consumidores estão cada vez mais atentos ao posicionamento das empresas, questionando o impacto dessas atitudes nos direitos e no tratamento justo no mercado. À medida que o debate avança, o futuro da loja e suas táticas de marketing continuarão a ser observados com atenção.

Até onde pode ir a liberdade de expressão de uma empresa, e qual deve ser a responsabilidade civil e moral que ela carrega? O desdobramento desse caso poderá servir de exemplo para outros estabelecimentos que também se veem influenciados por questões políticas.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes