Na última sexta-feira (26), o piloto francês Romain Grosjean viveu um dia histórico ao voltar a pilotar um carro de Fórmula 1. A ocasião marcou quase cinco anos após seu grave acidente no Grande Prêmio do Bahrein, em 2020, que quase terminou em tragédia.
Retorno às pistas: um momento emocionante
Grosjean participou de um teste de pneus da Pirelli, realizado no prestigiado circuito de Mugello, na Itália, com a sua antiga equipe, a Haas. Ao término da atividade, a emoção tomou conta do piloto, que não conseguiu conter as lágrimas ao declarar sua felicidade por estar novamente ao volante de um carro de F1.
“Senti-me um pouco enferrujado no início, mas logo tudo voltou. Até consegui fazer uma largada parada; e adivinhe, minha última largada foi no Bahrein em 2020. Então, desta vez, foi muito melhor”, relatou Grosjean. Ele ainda revelou a reação pessoal que teve durante o teste: “Eles me fizeram chorar no final do dia! Mantive meu visor abaixado, mas, na minha última volta, todos da Ferrari, Red Bull, Pirelli e, claro, da equipe Haas estavam aqui, aplaudindo e me aclamando. Isso é algo que eu esperava em Abu Dhabi 2020, mas acho que foi ainda melhor hoje”, afirmou, emocionado.
O simbolismo do capacete
O momento foi agraciado pelo uso de um capacete especial, desenhado por seus filhos, que Grosjean deveria ter utilizado no Grande Prêmio de Abu Dhabi, última corrida da temporada de 2020 e a despedida do francês da equipe Haas. Devido ao fatídico acidente no Bahrein, o capacete não chegou a ser usado. Agora, esse símbolo de força e superação fez o retorno de Grosjean ainda mais significativo.
Bahrein 2020: o acidente trágico
O acidente que quase custou a vida de Grosjean foi um dos mais intensos da história da Fórmula 1. Na primeira volta do GP do Bahrein, seu carro se partiu ao meio e pegou fogo após uma colisão violenta com o guard rail, resultante de um toque com a AlphaTauri do russo Daniil Kvyat. Grosjean ficou preso no cockpit em meio às chamas por 29 segundos, um tempo angustiante que poderia ter terminado em tragédia. Contudo, ele conseguiu escapar e, de forma heroica, correu para se salvar enquanto seu carro ainda queimava. Apesar da gravidade da situação, Grosjean sofreu apenas queimaduras leves nas mãos e saiu sem fraturas.
O futuro após a Fórmula 1
Aquela corrida acabou marcando o fim da trajetória de Grosjean na Fórmula 1. Após sua passagem pela Haas, ele decidiu explorar novas aventuras no automobilismo, competindo na Fórmula Indy nas quatro temporadas seguintes. Além disso, o ex-piloto também participou de competições de endurance, como as 24 Horas de Le Mans e eventos na IMSA, consolidando-se como um nome respeitado no automobilismo mundial.
A volta de Grosjean às pistas não é apenas uma celebração de seu espírito inquebrantável, mas também um lembrete do quão longe ele chegou desde aquele acidente devastador. A emoção e a gratidão que ele expressou servem como inspiração para muitos, simbolizando a resiliência e a paixão que caracterizam o mundo do automobilismo.
Com este retorno, Romain Grosjean reafirma seu amor pela velocidade e seu lugar na história do esporte, provando que, apesar das adversidades, é possível voltar e fazer o que se ama.
