Nesta sexta-feira (26), o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), anunciou sua saída do cargo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa decisão marca uma nova fase de reavaliação política no governo, especialmente em relação à permanência de outros ministros da Esplanada. Com a proximidade da 30ª Conferência das Partes (COP30), que acontecerá em Belém (PA), o movimento de Sabino levanta questões sobre a continuidade de sua equipe e do próprio ministro do Esporte, André Fufuca (PP), cujos dias no governo também estão contados.
O impacto da saída de Celso Sabino
A saída de Celso Sabino tem um peso político significativo, não apenas por seu papel na administração do turismo, mas também em função da proximidade da COP30. A contrapartida a essa renúncia é o ultimato do Progressistas, que também demandou que seus filiados deixem o governo, colocando em xeque a permanência de Fufuca, embora sua saída não tenha o mesmo impacto imediato que a de Sabino.
Os ministérios ainda sob comando das duas siglas
- Atualmente, União Brasil e Progressistas controlam quatro ministérios, porém, apenas dois ministros devem ser substituídos.
- Celso Sabino faz parte do União Brasil, enquanto André Fufuca é ligado ao Progressistas.
- Outros representantes, como Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), são indicações pessoais do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e não devem ser afetados por esse movimento.
Além das especulações em torno de Fufuca, já surgem nomes para assumir o cargo de Sabino. Há rumores sobre Ricardo Gomyde, ex-secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, que é bem visto por setores do Partido dos Trabalhadores.
Mudanças na Secretaria-Geral também estão em pauta
A possibilidade de troca do ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, também está na agenda de Lula. O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) é cogitado como um potencial substituto. A Secretaria-Geral possui um papel crucial na articulação com a sociedade civil e movimentos sociais, algo que Boulos pode facilitar considerando sua trajetória política.
Embora as mudanças sejam cada vez mais cogitadas, Macêdo nega ter discutido qualquer mudança com o presidente, gerando uma onda de incertezas no governo.
Os possíveis substitutos para o Ministério do Turismo
Com a saída de Sabino, Lula agora concentra esforços na escolha de um novo ministro do Turismo. Diferentes nomes estão sendo discutidos, sendo o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o favorito para assumir a pasta. Sua experiência e proximidade com setores estratégicos do turismo podem trazer renovação para o ministério.
Além de Freixo, o Planalto consulta outros nomes técnicos que já fazem parte da estrutura do Ministério do Turismo, como Cristiane Leal Sampaio, atual secretária nacional de Políticas de Turismo. Sabino também está tentando emplacar sua número 2 na pasta, Ana Carla Machado Lopes, o que poderá trazer continuidade nas políticas já existentes.
Ainda assim, a situação é considerada incerta, e com a viagem marcada de Lula para Belém na quinta-feira (2/10), onde estarão presentes para a entrega de obras relacionadas à COP, as definições sobre a nova liderança do Turismo deverão acontecer rapidamente.
Essas mudanças ressaltam a dinâmica política constante do governo Lula, que enfrenta o desafio de tentar manter a governabilidade enquanto lida com pressões internas e externas. A expectativa de novas trocas ministeriais nos próximos dias confirma a instabilidade político-administrativa que caracteriza este período. O público aguarda com expectativa os desdobramentos dessa nova fase e suas repercussões no cenário nacional.
