Welber Barral, sócio-fundador da BMJ e ex-secretário de Comércio Exterior, tem defendido a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário diante das medidas comerciais dos Estados Unidos. Ele destacou os efeitos das tarifas impostas pelo governo americano na competitividade do setor mobiliário nacional.
Seção 301 e Seção 232: mecanismos de pressão comercial
Barral explica que os móveis brasileiros já estão sujeitos a uma tarifa geral de 50% aplicada pelo Brasil às importações. Ele destaca que a Seção 301, utilizada pelos EUA para aplicar medidas unilaterais, e a Seção 232, que permite restrições por questões de segurança nacional, têm impacto direto na competitividade do setor.
“Se houvesse uma alíquota mais baixa na Seção 232, isso poderia beneficiar a indústria brasileira, que passaria a competir em condições mais equilibradas no mercado global”, afirmou Barral ao O Globo.
Impacto das tarifas e possibilidade de melhorias
O especialista observa que os móveis brasileiros, geralmente de maior qualidade, acabam sendo mais caros devido ao imposto ad valorem aplicado sobre eles. Isso faz com que a tarifa de 50% tenha efeito maior sobre os móveis nacionais em comparação às importações de países como China, Vietnã e Indonésia.
Perspectivas para o setor
“Se existisse uma redução substancial na alíquota, seria possível melhorar a competitividade dos móveis brasileiros no mercado internacional”, afirmou Barral. Caso contrário, o tributo de 50% permanecerá sendo um obstáculo relevante, mesmo contra produtos de outros países.
Próximos passos e contexto internacional
Segundo Barral, o setor aguarda por possíveis negociações e ajustes nas tarifas americanos, que podem trazer alívio para as empresas nacionais. A questão está relacionada às estratégias dos EUA de proteger sua segurança econômica e interesses comerciais por meio dessas medidas tarifárias.
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