A acusada de agredir uma ativista pró-vida na cidade de Nova York no início deste ano não enfrentará mais acusações após o Ministério Público cancelar o processo contra ela. A decisão foi anunciada nesta semana pela Thomas More Society, que anunciou uma ação civil contra Brianna Rivers, suspeita de atacar Savannah Craven Antao durante uma entrevista na rua.
Casos de violência contra ativistas pró-vida sob investigação fallida
Na ocasião, Rivers atingiu Antao no rosto, deixando-a ensanguentada, enquanto a ativista realizava uma entrevista calma e debatendo política pró-vida. O incidente foi gravado por câmeras e ocorreu em Manhattan, em abril, enquanto Antao conversava com Rivers sobre os detalhes do trabalho de defesa da vida.
Reações à decisão do Ministério Público
A advogada da Thomas More Society, Christopher Ferrara, afirmou que a decisão de Alvin Bragg, procurador de Manhattan, de retirar as acusações “mina a confiança no sistema judicial, especialmente em um momento de alta polarização política”. Segundo Ferrara, a negligência com esses casos “cria um padrão perigoso de resposta à violência contra quem promove o diálogo democrático”.
Antao declarou à CNA que houve “total surpresa” com a ação agressiva, na qual afirmou “não ter tido tempo de perceber que vinha” a agressão. Ela também revelou que suas lesões a levaram ao hospital, onde foram necessárias costuras, gerando uma conta de R$ 15 mil, aproximadamente, que a Thomas More Society pretende buscar ressarcimento por meio de processo civil.
Contexto político e social da violência
Segundo a sociedade civil, o desinteresse do Ministério Público reforça a impunidade em casos de violência contra quem defende a liberdade de expressão. “Este caso demonstra como a política pode proteger os agressores, mesmo diante de evidências claras, o que agrava a polarização social e ameaça a liberdade de manifestação”, afirmou Ferrara.
Antao criticou a decisão de não responsabilizar os agressores, dizendo que “não podemos aceitar que a violência seja tolerada ou ignorada, especialmente quando temos provas contundentes do ataque”. Ela também enfatizou que uma cultura de segurança e respeito às diferenças é fundamental para a sociedade democrática.
Perspectivas futuras: ação civil contra agressora
Com a desistência do processo criminal, a Thomas More Society irá mover uma ação civil para buscar reparação por danos, incluindo danos morais e materiais. Ferrara estima que a ação possa revelar os limites do sistema judicial frente à violência política e promover maior responsabilização dos agressores.
A presidente da organização destacou ainda que “Savannah merece justiça, mesmo que o sistema criminal tenha falhado. Nosso objetivo é que ela seja responsabilizada pelos atos violentos e que essas agressões não sejam toleradas no futuro”.
O caso reflete um cenário preocupante na cidade de Nova York, onde ativistas continuam expostos a ataques físicos enquanto o sistema legal parece não oferecer respostas eficazes às vítimas.
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