O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta sexta-feira que o setor empresarial teve papel fundamental na retomada do diálogo entre o Brasil e os Estados Unidos, após a imposição de tarifas comerciais americanas. Segundo ele, a iniciativa contou com a colaboração de empresários de ambos os países para facilitar as negociações.
Reconhecimento do papel do setor empresarial na diplomacia econômica brasileira
Durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, Alckmin destacou que o aceno de Donald Trump de retomar conversas com o presidente Lula representa um passo importante para o fortalecimento das relações bilaterais. “O setor empresarial atuou de forma ativa para conquistar esse espaço, demonstrando que o Brasil é uma solução, e não problema, para os EUA”, afirmou o vice-presidente.
Diálogo e cooperação como estratégias de avanços comerciais
Alckmin ressaltou que o Brasil mantém uma relação de amizade e parceria com os Estados Unidos há 201 anos, e que o gesto de Trump deve ampliar as possibilidades de negociações futuras. “Vamos avançar em temas como minerais críticos, terras-raras, investimentos em energias renováveis e outros setores estratégicos”, explicou.
Contexto e expectativa de novos passos nas negociações
O aceno de Trump reverte o clima pessimista que prevaleceu após tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF. Com a mudança de postura, o governo e o setor privado brasileiro já trabalham em um cardápio de negociações, incluindo setores como petróleo, alimentos, tecnologia e patentes.
Segundo especialistas, embora o setor empresarial mantenha cautela quanto a uma redução ampla das tarifas, a retomada do canal diplomático traz esperança de avanços. “Devemos ter cuidado, mas o momento é de otimismo moderado”, avalia Maria Oliveira, especialista em relações internacionais da Universidade de São Paulo.
Próximos passos e cautela necessária
O governo brasileiro busca ampliar as isenções tarifárias para produtos como frutas, café, carnes, máquinas, calçados e pescados. Ainda que o empresariado esteja otimista, há um entendimento de que o progresso dependerá da continuidade do diálogo e de negociações equilibradas.
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