Brasil, 26 de setembro de 2025
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Ministro Silvio Costa Filho fala sobre política e anistia em entrevista

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, se posiciona sobre anistia e a reeleição de Lula, destacando a postura do Republicanos.

Na última entrevista ao jornal O GLOBO, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, expressou sua posição sobre diversas questões políticas que envolvem o cenário atual do Brasil. Advocando contra a anistia, mas a favor de um acordo na Câmara que preveja a redução de penas para os envolvidos em atos golpistas, ele apontou um distanciamento com a visão do PT e de muitos integrantes do governo. O membro do Republicanos também discorreu sobre a viabilidade da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as turbulências dentro do seu próprio partido.

Postura sobre anistia e apoio a Lula

Durante a entrevista, Silvio Costa Filho se afastou do conceito de anistia, posicionando-se favoravelmente a um entendimento na Câmara que reduza as penas de forma mais moderada. “Sou contra a anistia, mas acho que poderia haver uma redução na tipificação das penas”, afirmou. Segundo ele, essa abordagem poderia levar a um debate mais produtivo, longe das ideologias que têm permeado as discussões.

Essa posição, no entanto, contrasta com a de muitos integrantes do próprio governo e do PT, que se opõem a qualquer tipo de alívio penal para os acusados de participação em atos golpistas. O ministro ressaltou que, embora o Republicanos tenha uma relação histórica com Lula, a maioria da bancada na Câmara é composta por representantes de direita, o que torna sua reeleição “pouco provável” no partido.

Desafios políticos para o futuro

Além de discutir a questão da anistia, Costa Filho também abordou as aspirações eleitorais do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em sua perspectiva, é “pouco provável” que Tarcísio venha a disputar a presidência, especialmente com a crescente aprovação de Lula. “Se dependesse de mim, o Republicanos estaria ao lado do presidente, mas respeitamos a posição da maioria do partido”, afirmou.

Quando questionado sobre o apoio de Bolsonaro a líderes políticos do centro, o ministro mostrou-se cético quanto à disposição da família Bolsonaro em abdicar do seu “patrimônio eleitoral” em favor de uma candidatura mais ao centro. Ele mencionou que a relação com Lula permanece respeitosa, e expressou otimismo ao acreditar que o presidente pode ampliar sua base de apoio para as eleições de 2026.

A agenda do Congresso e a relação com o governo

A política interna do Brasil também enfrentou desafios com a recente votação da PEC da Blindagem, que foi apoiada pelo suplente de Costa Filho. Ele admitiu que pediu ao sucedido que não votasse, mas respeitou sua decisão. “Eu disse publicamente que se essa matéria voltasse à Câmara e não tivesse sido arquivada pelo Senado, eu voltaria para a Câmara para votar contra”, sinalizou o ministro.

No que diz respeito à relação do governo com o Congresso, Costa Filho reconheceu que houve insatisfação com o ritmo de liberação de emendas e defendeu que o governo precisa acelerar a execução dessas propostas. “Acho que no segundo semestre já conseguimos ampliar, e eu sinto que o ambiente começa a distensionar dentro do Congresso”, concluiu.

Perspectivas para o futuro político

Silvio Costa Filho não descartou a possibilidade de uma futura candidatura ao Senado em Pernambuco. Ele revelou que sua prioridade atual é apoiar João Campos como governador do estado, mas afirmou que está trabalhando em seus próprios planos para 2026. A discussão sobre seu papel no cenário político e as alianças que se formarão para as próximas eleições continuam sendo questões em aberto, que prometem agitar o campo político brasileiro.

Com posicionamentos firmes e um cenário político em rápida mudança, a atuação de Costa Filho como ministro e membro do Republicanos deverá ser observada atentamente nos próximos meses. A relação entre os partidos e a continuidade do governo Lula estarão em alta discussão, especialmente com a aproximação das eleições de 2026.

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