O déficit das contas externas do Brasil atingiu US$ 4,7 bilhões em agosto, conforme dados do Banco Central (BC). O resultado foi menor do que os US$ 7,2 bilhões registrados em agosto de 2023, indicando uma redução no desequilíbrio financeiro do país.
Entendendo as contas externas do Brasil
As contas externas, que representam o setor externo do Brasil, abrangem a balança comercial, os serviços e a movimentação de renda com outros países. Em agosto, a balança comercial teve superávit de US$ 5,5 bilhões, impulsionado por exportações de US$ 30 bilhões (+3,8%) e importações de US$ 24,5 bilhões (-2,6%), dados do Banco Central mostram.
Dados recentes e tendências
O resultado das transações correntes, que inclui a balança comercial e os fluxos de renda e serviços, apontou um saldo negativo de US$ 4,7 bilhões em agosto. No acumulado de 12 meses até agosto, as transações corrigem um déficit de US$ 76,2 bilhões, maior que o registrado no mesmo período do ano passado, de US$ 43,6 bilhões.
Investimentos estrangeiros e reservas internacionais
Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 8 bilhões em agosto, ligeiramente inferiores aos US$ 8,2 bilhões do mesmo mês de 2024. No período de 12 meses até agosto, o IDP acumulou US$ 69 bilhões, representando 3,18% do Produto Interno Bruto (PIB).
Além disso, as reservas internacionais do Brasil aumentaram US$ 5,7 bilhões entre julho e agosto, totalizando US$ 350,8 bilhões. Este aumento decorreu de variações por paridades, preços, reingressos de linhas de recompras e receitas de juros, reforçando a capacidade do país de se proteger contra crises externas.
Perspectivas para o setor externo
Apesar do avanço nas reservas, o saldo negativo na conta externa indica que o país continua gastando mais do que arrecada do exterior. Por outro lado, o crescimento das exportações reforça a resistência do setor exportador, embora as movimentações indicam desafios na entrada de investimentos estrangeiros.
O resultado de agosto reflete a complexidade da economia brasileira e sua vulnerabilidade às variações globais. Especialistas apontam que a recuperação gradual das contas externas sinaliza uma estabilidade relativa, mas ainda há desafios para equilibrar as transações internacionais do país.
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