Brasil, 26 de setembro de 2025
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Suspeito de homicídio de adolescente em Mogi das Cruzes é investigado

A análise do celular do ex-padrasto da jovem Fernanda Tiemi não revelou mensagens no dia do crime, aumentando as suspeitas sobre ele.

No dia 20 de agosto de 2025, o caso trágico da adolescente Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira, de apenas 16 anos, chocou a cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo. A jovem foi encontrada morta sobre a cama de sua casa, e as investigações implicam fortemente Carlos Ovidio Batista, seu ex-padrasto, como o principal suspeito do crime. Conforme as investigações se desenrolam, a polícia descobriu que ele havia apagado mensagens do dia do assassinato de seu celular, o que levanta ainda mais indícios de sua culpabilidade.

Análise do celular e os indícios do crime

O delegado Estevão Castro, responsável pelo caso, informou que a análise do celular de Carlos Ovidio Batista não encontrou nenhuma mensagem registrada no dia em que Fernanda foi assassinada. “É claro que ele apagou todas as mensagens”, destacou o delegado, enfatizando que o suspeito havia enviado mensagens normalmente nos dias anteriores ao crime, mas no dia do assassinato, não havia qualquer registro de comunicação. Esse detalhe é crucial para a elucidação do caso.

Durante as investigações, a polícia também ouviu testemunhas que afirmaram ter visto o carro de Carlos Ovidio em frente à residência da vítima, pouco antes do crime. As confirmações dessas testemunhas, aliadas à ausência de mensagens no celular do suspeito, fazem o cenário parecer mais sombrio para ele, que está preso temporariamente desde o final de agosto.

O contexto familiar e as motivações do crime

A história da família revela um ambiente tenso. Segundo relatos, Carlos Ovidio, de 60 anos, não tinha uma boa relação com Fernanda e havia expressado ciúmes em relação às mulheres que o cercavam. Ele namorou a mãe da adolescente por cinco anos e, posteriormente, teve um relacionamento com a irmã dela, que atualmente está grávida e possui uma medida protetiva contra o suspeito devido a ameaças.

É importante notar que Carlos estava na casa no dia do crime e sabia que Fernanda estaria sozinha no momento do homicídio. A motivação do crime pode ser atribuída a um misto de ciúmes e vingança, conforme avalia o delegado. Ele ressaltou que o suspeito “estava bravo com a irmã da vítima que pediu a medida protetiva”.

Os últimos momentos de Fernanda Tiemi

Fernanda foi encontrada morta por sua mãe, Raquel Ferreira dos Santos, após sair de casa para levar a outra filha, que está grávida de oito meses, a uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Ao retornar para casa por volta das 16h50, Raquel tentou contato com Fernanda, mas não obteve resposta. Ao entrar no quarto, deparou-se com a cena horrenda: sua filha estava sobre a cama, com ferimentos no pescoço, indicando que tenha sido esfaqueada.

A equipe da Polícia Militar (PM) e o Samu foram acionados imediatamente, mas, infelizmente, era tarde demais. O caso foi registrado como homicídio e diversas investigações começaram a ser realizadas, incluindo a coleta de provas e o exame de corpo de delito ao Instituto Médico Legal (IML).

Implicações legais e futuro do caso

Com a prisão de Carlos Ovidio, que ocorreu dias após o crime, o inquérito policial continua. Ele nega qualquer envolvimento na morte de Fernanda, mas as evidências coletadas pela polícia crescem contra ele, especialmente sua presença na casa da vítima na hora do crime e a análise de suas comunicações.

O caso de Fernanda, uma jovem cheia de sonhos interrompidos tragicamente, levanta discussões sobre a violência doméstica e as consequências dela, principalmente entre adolescentes. A sociedade aguarda ansiosamente por justiça, enquanto as autoridades se esforçam para reconstituir os eventos que levaram a essa perda devastadora.

Até o final do inquérito e a definição do processo judicial, as famílias de Fernanda e as comunidades locais viverão na expectativa de uma conclusão que não traga apenas esclarecimento, mas também um sentimento de justiça sobre um crime tão horrendo.

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