Brasil, 26 de setembro de 2025
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Bolzano avalia imposto de até R$ 625 por cão para turistas e moradores

Proposta visa combater resíduos de cães nas ruas, cobrando cerca de € 100 anualmente por animal em uma tentativa de revitalizar parques e serviços públicos

O município de Bolzano, no norte da Itália, estuda a implementação de um imposto sobre cães que afetaria moradores e turistas, com tarifas de aproximadamente € 100 (R$ 625) por animal ao ano. A medida, prevista para 2026, reintroduz uma cobrança que foi extinta em 2008, visando combater resíduos de cães nas ruas e melhorar a gestão urbana.

Imposto sobre cães em Bolzano e mudanças na política de controle

Segundo o projeto, cães de turistas que visitam os Alpes do Tirol poderiam ser taxados em cerca de € 1,50 (R$ 9,40) por dia, similar à cobrança de pedágios urbanos em cidades como Londres e Nova York. Além disso, tutores locais terão que pagar uma taxa anual de € 100, com a intenção de destinar os recursos à limpeza e à criação de parques específicos para cães, atualmente quase inexistentes na cidade.

Histórico e impacto do antigo sistema de controle

A proposta reintroduz uma antiga política que exigia testes de DNA em cães para identificar animais que deixaram resíduos ou que atuaram de forma agressiva. Essa medida foi abandonada em 2008 após dificuldades de implementação, já que apenas 12 mil de 30 mil tutores realizaram os testes, devido ao alto custo de mais de US$ 50 (cerca de R$ 268) por procedimento.

Quem realizar o teste de DNA ficará isento da nova taxa por dois anos, o que, segundo o conselheiro provincial Thomas Widmann, é uma decisão de bom senso. “Estou satisfeito que o governo provincial tenha finalmente revertido essa exigência”, afirmou Widmann.

Medidas para combater resíduos e críticas à proposta

O principal objetivo do imposto é reduzir os resíduos de cães nas ruas, que geram problemas ambientais e de higiene. Tutores que não coletarem dejetos poderão receber multas entre € 200 e € 600 (R$ 1.250 a R$ 3.750), valores que poderão ser aumentados na nova legislação.

Os recursos arrecadados seriam investidos na limpeza urbana e na construção de parques caninos, uma necessidade considerada fundamental por moradores da cidade. Contudo, a iniciativa enfrenta resistência de grupos de defesa animal e de figuras públicas locais.

Críticas e alternativas sugeridas

O prefeito Claudio Corrarati criticou a proposta de forma irônica. “Seríamos cães se impuséssemos um imposto sobre cães. Aqui, em Bolzano, não”, declarou, sugerindo alternativas como grupos de vigilância de bairro e maior distribuição de sacos para recolher resíduos.

Representantes de organizações de proteção animal também se manifestaram contra a medida. Carla Rocchi, do Ente Nazionale Protezione Animali (Enpa), argumenta que a cobrança penaliza famílias e turistas que viajam com seus cães, além de enviar uma mensagem equivocada: “Transformar animais em uma fonte de receita fiscal não é o caminho certo”, afirmou Rocchi.

Perspectivas futuras e repercussões

Se aprovada, a tarifação poderia criar um precedente em outras cidades italianas, ao mesmo tempo em que reacende o debate sobre o equilíbrio entre controle de resíduos urbanos e os direitos de tutores e visitantes. A prefeitura de Bolzano discute atualmente o projeto e planeja uma sessão de votação nos próximos meses.

Mais detalhes sobre a proposta, seus prós e contras, podem ser consultados na matéria completa do O Globo.

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