Brasil, 26 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Lula considera vitoriosa participação na ONU e diálogo com Trump

O presidente Lula reforça a soberania brasileira e acredita em diálogo construtivo com os EUA após a Assembleia Geral da ONU.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou como “vitoriosa” a participação do Brasil na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada na última semana. O presidente retornou dos Estados Unidos após um discurso firme em defesa da soberania nacional e a abertura de um diálogo promissor com o presidente norte-americano, Donald Trump.

Integrantes do Palácio do Planalto consideram que o discurso de Lula foi “bem recebido” pelos líderes mundiais, destacando sua defesa enfática da soberania brasileira. Esta foi a 10ª participação de Lula na Assembleia Geral da ONU e, até agora, é considerada a mais bem-sucedida.

Discurso de Lula na ONU

Durante seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, Lula reafirmou a defesa da soberania brasileira e a importância do multilateralismo, tema que tem explorado em eventos internacionais. Ele comentou sobre o retrocesso do sistema multilateral de comércio, afirmando: “Poucas áreas retrocederam tanto como o sistema multilateral de comércio. Medidas unilaterais transformam em letra morta princípios basilares como a cláusula de Nação Mais Favorecida.”

Além disso, o presidente criticou as ações militares de Israel contra a Faixa de Gaza e destacou a necessidade urgente de combater a pobreza global. “Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. Em Gaza, a fome é usada como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações é praticado impunemente”, enfatizou o presidente.

Expectativas para o encontro com Trump

Apesar do tom firme adotado por Lula, Donald Trump surpreendeu ao convidá-lo para um encontro na próxima semana. O gesto, segundo membros do Palácio do Planalto, indica que o Brasil não precisa fazer concessões unilaterais para dialogar com os EUA. “Tivemos, pelo menos por uns 39 segundos, uma química excelente. É um bom sinal”, declarou Trump durante seu discurso na ONU, acrescentando que concordaram em se encontrar na próxima semana.

O presidente Lula também ressaltou que não há tópicos proibidos para discussão com Trump, mas deixou claro que questões relacionadas à democracia e à soberania brasileira não estão em pauta de negociação. A estratégia do Planalto é posicionar o Brasil com firmeza, sem se submeter a pressões externas.

Recentemente, Lula enfrentou críticas, principalmente de oposicionistas, pela ausência de um telefonema ao presidente republicano. Em resposta a Trump, ele anunciou que utilizará a Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao Brasil adotar medidas comerciais em resposta a ações unilaterais de outras nações ou blocos econômicos, buscando proteger a economia nacional.

A legislação brasileira é uma ferramenta de suporte ao Palácio do Planalto para reagir a pressões externas que possam prejudicar políticas internas ou criar desvantagens comerciais injustas. Apesar do convite de Trump para um encontro, a avaliação no Palácio é cautelosa, e a expectativa é que um primeiro contato ocorra via telefone, com um possível encontro físico sendo discutido posteriormente.

Atualmente, em Brasília, a diretriz é aguardar uma sinalização para definir a agenda de Lula e Donald Trump, cada vez mais importante em tempos de política globalizada e interdependente.

O sucesso da participação de Lula na ONU e a expectativa em relação ao diálogo com Trump reforçam a posição do Brasil na arena internacional, demonstrando uma postura firme, mas aberta ao diálogo e à diplomacia.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes