Na noite de sexta-feira em São Francisco, um ringue subterrâneo virou palco para uma luta inédita entre robôs humanoides programados para boxear. O evento, parte do movimento crescente de entretenimento com inteligência artificial e robótica, atraiu uma multidão entusiasmada, que vibrou enquanto os robôs se enfrentaram em combates cheios de tecnologia e criatividade.
O fenômeno do combate de robôs e seu impacto cultural em 2025
O Clube da luta de robôs, realizado na Frontier Tower, é uma iniciativa que combina esporte, entretenimento e inovação tecnológica. Segundo Vitaly Bulatov, um dos organizadores da competição, mais de 600 pessoas tentaram garantir ingressos, que custavam US$ 100, tornando-se uma das maiores atrações de um calendário que mistura esportes extremos e demonstrações de IA.
Durante o evento, os robôs controlados por pessoas com joysticks exibiam histórias, fantasias e nomes criativos, como Googlord, um ex-estagiário do Google com chapéu de hélice, e Peuter Steel, em alusão a Peter Thiel. Os competidores eram humanos vestidos com roupas que remetem ao estilo steampunk ou camisetas do Windows retrô, criando uma atmosfera que mistura passado, presente e futuro.
Robôs de diversas origens e suas operações
As lutas, transmitidas ao vivo, apresentaram robôs chineses da Unitree Robotics e Booster Robotics, cedidos pela FrodoBots AI de Singapura. Cada humanoide custa entre US$ 30 mil e US$ 60 mil, sendo controlado por operadores que os fazem parecer mais humanos, com movimentos ágeis e estratégias de combate que impressionam pela destreza.
O evento também contou com participações de robôs que lutaram de forma mais performática, incluindo um duelo entre Waifu.exe, inspirado na parceira virtual do chatbot Grok, de Elon Musk, e outros desafios criados para entreter o público e promover o avanço da robótica de consumo.
Uma nova cultura de experiências tecnológicas
Segundo Josh Constine, sócio da SignalFire, empresas de tecnologia têm observado uma demanda crescente por eventos que ofereçam experiências além do networking tradicional. Em noites como as de elite na Standard Deviant Brewing, mais de 600 pessoas participam de quizzes, demonstrações de IA e competições com robôs, seduzidas pelo que há de mais futurista em São Francisco.
Engenheiros, investidores e fãs do universo tecnológico veem nesses encontros uma oportunidade de criar comunidade e explorar possibilidades de inovação mais humanizada, mesmo que por meio de máquinas. Chris Miles, engenheiro de uma startup de chips de IA, destacou sua preferência por atividades menos formais, enquanto Steve Jang, sócio de venture capital, rememorou os ciclos de boom e crise que moldaram a trajetória da cidade há três décadas.
Perspectivas futuras: de robôs de combate a experiências imersivas
Com a próxima luta agendada para 27 de setembro, os organizadores reforçam que esses eventos desejam gerar emoções reais e conexões humanas, usando robôs como veículos de diversão e inovação. Além do espetáculo no ringue, a cidade continua sendo palco de outras experiências tecnológicas, como hotéis com banheiros inteligentes e sistemas de pagamento com sorrisos e acenos, indicando que o futuro já chegou.
Conforme Bulatov reforça, a preocupação com a autonomia dos robôs é equilibrada pelo objetivo de promover relacionamentos autênticos. “Vestimos esses robôs, os fazemos parecer humanos e os colocamos em atividades que estimulam nossas emoções mais básicas”, explica, mostrando que a fronteira entre tecnologia e cultura está cada vez mais tênue em San Francisco.
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