No dia 25 de setembro, o Secretário-Chefe da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira, respondeu às críticas de opositores que se manifestaram após o massacre em uma escola de Sobral que resultou na morte de dois estudantes e deixou outros três feridos. Entre os críticos estavam figuras proeminentes como Ciro Gomes (PDT), ex-governador do estado, o Capitão Wagner (União Brasil), ex-deputado federal, e Roberto Cláudio (União Brasil), ex-prefeito de Fortaleza.
A tragédia em Sobral e a politização do luto
Após o ataque a tiros na Escola Estadual Luiz Felipe, Chagas Vieira utilizou suas redes sociais para descrever as declarações de oposição como “oportunismo” e “cretinice”. Ele expressou a repulsa com relação à politização e ao uso do sofrimento alheio para fins eleitoreiros, afirmando:
“Diante do inaceitável caso de violência em Sobral, que choca todos nós, impressiona o nível de oportunismo e cretinice dos que querem tirar proveito político da dor e da tragédia.”
Em resposta às críticas, que direcionavam a responsabilidade ao governo atual e ao Ministro da Educação, Chagas buscou enfatizar a necessidade de união contra a violência, ao invés de transformar um momento de dor em arma política. O ataque, conforme divulgado, ocorreu durante o intervalo das aulas, quando os alunos estavam no pátio.
Ciro Gomes e as declarações da oposição
O ex-governador Ciro Gomes não hesitou em apontar o governador atual, Elmano de Freitas (PT), e o Ministro da Educação, Camilo Santana (PT), como responsáveis pelo massacre, acusando-os de “ter as mãos sujas de sangue inocente”. Sua declaração provocou uma intensa discussão sobre a responsabilidade da gestão pública em relação à segurança nas escolas.
O Capitão Wagner foi igualmente contundente em sua crítica, afirmando que o governo que prometeu um “Ceará três vezes mais forte” é, na verdade, responsável por um aumento da violência. Ele pediu que o governo se explicasse à sociedade diante da crescente insegurança.
Roberto Cláudio, por sua vez, questionou a atuação do governo estadual, lembrando de episódios recentes de violência que têm atormentado a população cearense.
O impacto do ataque e as consequências
O ataque em Sobral é parte de uma realidade alarmante. O tiroteio, que ocorreu na manhã de quinta-feira, deixou duas vítimas fatais, com idades de 16 e 17 anos. Os feridos foram imediatamente socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para um hospital, sem atualização oficial sobre o estado de saúde deles até o momento da reportagem.
As investigações indicam que a motivação do ataque está relacionada a disputas entre facções criminosas. Durante a abordagem das vítimas, a polícia apreendeu drogas, uma balança de precisão e embalagens, evidenciando a conexão com o tráfico de entorpecentes.
Reação das autoridades e mobilização das forças de segurança
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) informou que todas as forças de segurança estão mobilizadas para identificar e prender os responsáveis pelo ataque. Em nota, a SSPDS garantiu que “todos os esforços estão sendo empregados para localizar e capturar os envolvidos nas mortes dos adolescentes”.
As redes sociais e a mídia têm repercutido intensamente a discussão sobre segurança nas escolas e a resposta das autoridades diante de situações de violência, em um contexto onde a educação e a segurança pública se cruzam de maneira trágica.
A importância do debate sobre segurança pública
Esse episódio levanta questões cruciais sobre a segurança nas instituições de ensino e como a política se entrelaça com tragédias humanas. É um convite à reflexão sobre o papel do Estado na proteção dos cidadãos, especialmente os mais jovens, em um cenário de crescente violência. A resposta da sociedade e do governo será vital para a construção de um futuro mais seguro e pacífico no Ceará e em todo o Brasil.
