Brasil, 25 de setembro de 2025
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Hospital abre protocolo de morte encefálica para bebê vítima de maus-tratos em Jundiaí

Morte de bebê agredido pela mãe levanta discussões sobre proteção infantil em Jundiaí.

Uma tragédia abala a cidade de Jundiaí, em São Paulo, com a confirmação da morte de uma bebê de apenas um ano e três meses, que foi agredida pela própria mãe. O Hospital Universitário (HU) anunciou, na noite desta quinta-feira (25), que a criança faleceu após complicações de graves lesões. Este caso, que se desenrolou a partir de investigações que apontaram repetidos maus-tratos, foca a atenção para a necessidade urgente de revisar os mecanismos de proteção à infância e a eficácia das autoridades competentes.

Histórico de violência e omissões

A bebê foi internada no HU na última sexta-feira (19), após ser encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vetor Oeste. De acordo com relatos, a situação de saúde da criança era crítica, apresentando inúmeras lesões corporais, provavelmente advindas de agressões recorrentes. Inicialmente, o caso foi classificado como lesão corporal grave e maus-tratos; entretanto, as investigações recentes avançaram para a possibilidade de homicídio.

O delegado Rafael Diório, responsável pelo caso, relatou que a criança evidenciava sinais claros de maus-tratos constantes, como queimaduras e fraturas, o que caracteriza um padrão de abuso intenso. A infantilização dessas atitudes levanta discussões sobre a eficiência das ações preventivas que deveriam ser adotadas por instituições como o Conselho Tutelar.

A resposta das instituições

Após a internação da bebê e a gravidade de seu estado, o Hospital fez uma declaração ressaltando o protocolo para investigação de morte encefálica, que foi iniciado na quarta-feira (24). A situação pesou no semblante de muitos dos envolvidos, uma vez que a equipe médica lidou com o luto e a indignação diante do quadro da menina.

A coordenadora pediátrica do HU, Stela Tavolieri, destacou durante a cobertura midiática as incongruências entre a narrativa da mãe e as condições apresentadas pela criança. A equipe médica identificou marcas de lesões que não poderiam ser explicadas pelos relatos e enfatizou a importância de reconhecer sinais de violência para intervenções precoces.

Investigação e responsabilização

A polícia, em conjunto com o Ministério Público, investiga o caso com rigor. Há indícios de que as agressões à criança podem ter se prolongado desde fevereiro deste ano, quando foram registrados os primeiros atendimentos médicos. Este histórico complexo revela um padrão preocupante onde a saúde da criança foi negligenciada, e a violência não apenas se perpetuou, mas se intensificou ao longo do tempo.

Com a promulgação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela Câmara Municipal de Jundiaí, espera-se que sejam esclarecidos os possíveis erros de omissão por parte do Conselho Tutelar na proteção da criança. O pedido de instalação de uma sindicância pela Prefeitura de Jundiaí visa rever a atuação dos conselheiros envolvidos no caso, um passo importante para melhorar a vigilância e proteção às crianças vulneráveis na região.

Reflexões sobre violência infantil

Este caso emblemático nos leva a refletir sobre a necessidade de uma sociedade mais atenta à proteção das crianças. A narrativa de uma mãe que supostamente deveria cuidar e proteger, mas que se tornou a responsável por brutalizar a própria filha, nos convida a questionar os processos de apoio às famílias em situação de vulnerabilidade e os mecanismos de detecção precoce de abusos.

Os profissionais de saúde, educadores e assistentes sociais desempenham papéis cruciais na identificação de sinais de violência e abuso, e a melhoria nas linhas de comunicação entre essas áreas pode ser vital na prevenção de casos como este no futuro.

Conclusão

O caso da bebê vítima de maus-tratos em Jundiaí é um triste lembrete da importância da vigilância coletiva na proteção infantil. As autoridades locais enfrentam um desafio crítico: reformar os sistemas de apoio e resposta à violência, garantindo que as crianças estejam seguras e que casos de abusos sejam tratados de maneira diligente e humana. Enquanto a investigação avança, a sociedade se pergunta: como podemos garantir que nenhuma criança passe pelo mesmo horror?

Para mais informações, continue acompanhando o g1 Sorocaba e Jundiaí.

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