Brasil, 25 de setembro de 2025
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Operação Rejeito: assessor de senador é preso por mineração ilegal

Operação investiga esquema de mineração ilegal em Minas Gerais, ligando político a crime organizado.

Em uma nova reviravolta que envolve figuras políticas e um esquema criminoso, a Operação Rejeito da Polícia Federal (PF) resultou na prisão de Felipe Lombardi Martins, que atuou como assessor do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O arresto faz parte de uma investigação que apura como empresários, lobistas e servidores públicos conseguiram trajetórias fáceis para aprovações de exploração mineral de maneira ilegal em áreas protegidas e ambientalmente sensíveis do estado de Minas Gerais.

A natureza da operação e os envolvidos

A Operação Rejeito, que já gerou repercussão na mídia e inquietação no meio político, busca desmantelar uma rede complexa de corrupção que, segundo a PF, poderia render lucros de até R$18 bilhões. O grupo era responsável por liberar várias permissões para mineração em locais onde essa atividade é proibida, como áreas tombadas e de proteção ambiental. A utilização de empresas de fachada para lavar o dinheiro obtido ilegalmente também é uma das táticas investigadas.

O papel de Felipe Lombardi Martins

Felipe Lombardi Martins, preso na operação, é descrito pela PF como o “operador financeiro” da organização, conhecido como o “homem da mala”. De acordo com os investigadores, ele tinha um papel central na triangulação de valores financeiros, controle de aportes, e repasses de propinas. Os documentos da investigação indicam que Martins se reunia pessoalmente com servidores públicos para o repasse de valores ilícitos, destacando sua significativa participação na lavagem de dinheiro.

Laços políticos e a relação com Rodrigo Pacheco

A relação de Martins com Rodrigo Pacheco se estabelece entre os anos de 2019 e 2021, quando ele era assessor do senador. Essa aproximação ocorreu por meio de João Alberto Lages, ex-deputado estadual pelo MDB, que é apontado pela PF como líder do esquema criminoso. Pacheco e Lages integraram uma mesma coalizão política em eleições passadas, e Lages foi um forte apoiador da campanha de Pacheco, o que levanta questionamentos sobre a relação entre os políticos.

Reação do senador

Após a repercussão das prisões e do avanço das investigações, o senador Rodrigo Pacheco confirmou a relação com Martins, mas enfatizou que se deu de maneira aberta e republicana, sendo anterior ao tempo em que as atividades ilegais foram realizadas. Em uma nota, Pacheco mencionou: “Conheço João Alberto Lages, desde 2014, em razão da militância político-partidária. Desenvolvemos uma amizade nesse período… Conheci Felipe Lombardi na mesma época… ele trabalhou na minha equipe do Senado, até se desligar para se dedicar à atividade privada, cuja natureza não tive conhecimento.”

Impacto e implicações da Operação Rejeito

As implicações da Operação Rejeito ainda estão sendo sentidas, não apenas no cenário criminal, mas também na esfera política e ambiental. A investigação coloca em evidência a conivência de autoridades e empresários em práticas que, além de corromper o sistema, podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente e à sociedade.

O caso é um lembrete alarmante da necessidade de vigilância contra a corrupção e da importância de garantir que a exploração de recursos naturais seja realizada de forma ética e sustentável. O desenrolar dessa operação e suas consequências para os envolvidos acompanharão a agenda política nos próximos meses.

Com a sociedade atenta e demandando mais responsabilidade de seus representantes, a Operação Rejeito destaca a urgência de se combater a corrupção em todas as suas formas e a importância de proteger o meio ambiente em projetos de desenvolvimento econômico.

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