Nesta quinta-feira, foi assinado um importante ajuste no contrato de concessão do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão, na sede administrativa da concessionária. A medida altera a estrutura societária, com a entrada da Vinci Compass ao lado da Changi Airports, e substitui a cobrança de outorga anual por uma variável vinculada ao faturamento bruto do aeroporto.
Reforma societária e novas regras para pagamento
O ajuste prevê a entrada da Vinci Compass, companheira da Changi Airports, que passa a dividir a gestão do Galeão junto à parceira. Além disso, o pagamento de outorga de aproximadamente R$ 1 bilhão por ano, estabelecido na concessão, será substituído por uma contribuição de cerca de 20% do faturamento anual bruto, fortalecendo a sustentabilidade financeira do projeto.
Perspectivas de crescimento e melhorias na operação
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o movimento de passageiros no Galeão deve atingir 30 milhões em até três anos, impulsionado pelos investimentos e pela retomada do fluxo aéreo. “Após o crescimento de 4,8 milhões de passageiros em 2023, esperamos quase 18 milhões em dois anos”, destacou.
Avanços em integração com o Santos Dumont
O ministro também comentou sobre o projeto de redução do limite de passageiros do Aeroporto Santos Dumont, que atualmente é de 6,5 milhões, com previsão de aumento para oito milhões ainda neste ano, chegando a 10 milhões em 2027. Investimentos de aproximadamente R$ 450 milhões, com obras em andamento, estão alinhados a esse objetivo.
Próximos passos: leilão e melhorias
O próximo etapa será o leilão da concessão do Galeão, previsto para março de 2026, com possibilidade de participação de novos investidores, embora as atuais operadoras, Vinci e Changi, manifestem interesse em continuar no empreendimento. A expectativa é que o ativo seja ofertado de forma 100% por leilão público, após a renegociação.
Para fortalecer a estrutura do aeroporto, a RIOGaleão iniciará um ciclo de investimentos de cerca de R$ 1,1 bilhão, incluindo melhorias na infraestrutura, criação de centro logístico, hotel, sala multissensorial para passageiros com transtorno do espectro autista e novos projetos comerciais. Assim, busca-se ampliar a capacidade de operação e aprimorar o atendimento, seguindo os compromissos de modernização.
No âmbito da recuperação do setor, o ministro Silvio Costa Filho apontou que a estratégia visa elevar o fluxo de passageiros no Rio de Janeiro, que atualmente é superior a 4,8 milhões, podendo chegar a mais de 35 milhões em aproximadamente três anos, consolidando o papel do Rio como destino internacional e impulsionando a economia local.
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