Brasil, 25 de setembro de 2025
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Mudança de voz de Virginia Fonseca gera debate sobre chip da beleza

A influenciadora Virginia Fonseca fala sobre sua voz mais grave após uso de implante hormonal, gerando polêmica e preocupações médicas.

Nos últimos dias, a influenciadora Virginia Fonseca tem gerado burburinho nas redes sociais, não apenas por suas transformações físicas, mas também pela mudança na sua voz, que se tornou mais grave. A jovem afirma que essa alteração ocorreu após o uso do famoso “chip da beleza”, um implante subcutâneo de hormônios que promete diversos benefícios estéticos.

O que é o chip da beleza?

O chip da beleza é conhecido por ser um implante hormonal que é posicionado, geralmente, na região glútea. Este dispositivo libera substâncias ao longo de até um ano, com o componente principal sendo a gestrinona, um hormônio utilizado em tratamentos de distúrbios menstruais e condições médicas como endometriose.

Mudanças na voz e efeitos colaterais

Virginia revelou que sua voz engrossou após o implante, creditando a mudança ao “chip de testosterona” e a gestrinona que foi utilizado. Ela insistiu que não recorreu ao uso de anabolizantes, mas a ginecologista Patricia Magier, formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), alerta que o uso estético de implantes hormonais pode acarretar diversos efeitos colaterais negativos.

Consequências para a saúde

“A Anvisa não autoriza o uso de implantes hormonais apenas para fins estéticos. Eles devem ser receitados apenas para condições médicas específicas”, enfatiza Patricia. Dentre os efeitos colaterais mais comuns estão a acne severa, queda de cabelo, alterações de humor, e até mesmo mudanças nos ciclos menstruais.

A ginecologista também ressalta que o uso irresponsável de hormônios pode suprimir o eixo hormonal natural do corpo, tornando difícil reverter os efeitos após a remoção do implante. A popularidade do chip da beleza nas redes sociais está diretamente relacionada à promessa de resultados rápidos, como aumento da disposição e redução da celulite, mas ignora os riscos envolvidos.

Riscos a longo prazo

Patricia ainda aponta preocupações a longo prazo, como possíveis alterações no metabolismo hepático e na sensibilidade à insulina, o que pode aumentar o risco cardiovascular. Mulheres com antecedentes de câncer de mama, trombose venosa ou doenças hepáticas devem evitar esse tipo de implante a todo custo.

Alternativas mais seguras

Para aqueles que buscam os benefícios estéticos prometidos pelos implantes hormonais, a médica recomenda alternativas mais seguras, como mudanças no estilo de vida, uma dieta equilibrada, prática de exercícios físicos, um bom sono e manejo do estresse. Quando necessário, a reposição hormonal deve ser administrada através de métodos convencionais, como ingestão oral, aplicações transdérmicas ou vaginais.

“Um acompanhamento médico é essencial para evitar efeitos colaterais e garantir que, se necessário, os efeitos possam ser revertidos”, conclui Patricia. A situação envolvendo Virginia Fonseca serve como um alerta para os riscos associados a tratamentos estéticos que não possuem supervisão profissional.

A discussão que surge a partir da mudança vocal da influenciadora pode abrir espaço para um debate mais amplo sobre a segurança e a eficácia de tratamentos estéticos não regulamentados no Brasil, além de ressaltar a importância do cuidado médico ao se considerar intervenções desse tipo.

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