Brasil, 25 de setembro de 2025
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ONU lança instituições para governar a inteligência artificial

Com 193 países apoiando, ONU cria painel científico e diálogo global para regular a IA com base em ciência e cooperação.

Na primeira oportunidade na história, quase todos os países do mundo concordaram que a inteligência artificial é uma questão demasiado importante para ficar sem regulamentação. Nesta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciará a criação de duas novas instituições aprovadas por resolução: um painel científico independente para avaliar riscos e oportunidades da IA, e um diálogo global onde governos, empresas e sociedade civil poderão colaborar na governança dessa tecnologia.

Uma tentativa inédita de cooperação internacional

Após anos de trabalhos com governos, organismos multilaterais e sociedade civil, Vilas Dhar, presidente da Fundação Patrick J. McGovern, destaca que este é um momento especial de esperança, em meio a um cenário geralmente marcado pelobroken ilusões e conflitos políticos. Segundo ele, o reconhecimento de que nenhuma nação pode governar a IA sozinha abriu espaço para a construção de instituições duradouras para o controle dessa tecnologia.

“Esta é a primeira tentativa de romper o ciclo de narrativas baseadas em temor e exagero, criando instituições fundamentadas na ciência, evidências e cooperação internacional”, afirma Dhar. A expectativa é que esses mecanismos possam ajudar a moldar uma nova narrativa favorável ao bem público, afastando-se do estrelato do lucro desenfreado ou do pânico social.

Impactos práticos da IA na vida real

Casos de uso que evidenciam o potencial positivo da IA

Embora as histórias assustadoras dominem o imaginário, o cotidiano revela aplicações de IA que ajudam a proteger vidas e a saúde. Em California, por exemplo, sistemas de inteligência artificial monitoram imagens de câmeras em áreas propensas a incêndios, distinguindo neblina de fumaça e alertando bombeiros em minutos — tempo crucial para evitar destruição. Já em Rajasthan, a ONG Khushi Baby criou um modelo preditivo que identifica famílias com maior risco de desnutrição, ampliando o alcance de cuidados essenciais para crianças vulneráveis.

“Esses exemplos mostram que a IA pode ampliar a capacidade humana, apoiando ações que poupam vidas e evitam perdas evitáveis”, destaca Dhar. Ambos reforçam a importância de uma governança eficiente para orientar a tecnologia pelo bem comum, e não apenas pelo espetáculo ou interesses comerciais.

Histórias do passado e uma nova oportunidade

De duas décadas para cá, a era das mídias sociais ensinou que promessas de conexão e justiça podem ser facilmente transformadas em mecanismos de comércio e publicidade. A experiência demonstra que a falta de regulação e fiscalização aprofunda desigualdades e danos sociais, antes que seja tarde.

Por isso, a iniciativa da ONU representa uma oportunidade de reverter esse ciclo, oferecendo uma estrutura que pode evoluir e se ajustar ao ritmo das inovações. Como ressalta Dhar, `{os mecanismos da ONU não resolverão todas as questões, nem acabarão com o poder das entidades tradicionais, mas criarão um suporte essencial para decisões baseadas em evidências e cooperação internacional}`.”

Perspectivas futuras na governança da IA

Enquanto o painel científico e o diálogo global ainda estão em fase de implementação, o momento indica uma nova direção na relação internacional com a inteligência artificial. Este esforço coletivo busca garantir que a tecnologia, cada vez mais presente na vida pública e privada, seja orientada para o benefício de todos, respeitando limites éticos e fortalecendo a confiança social.

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