Em um dos episódios mais marcantes da história do futebol brasileiro, o São Paulo teve uma noite mágica na Libertadores de 1993, quando conseguiu inverter um placar desfavorável contra o Newell’s Old Boys. Com um time repleto de talentos como Raí e Cafu, a equipe tricolor mostrou que, com garra e determinação, é possível superar adversidades e conquistar grandes vitórias.
A missão quase impossível
Nas quartas de final da Libertadores daquele ano, o São Paulo enfrentou a difícil tarefa de reverter a derrota por 2 a 0 sofrida em Rosário, Argentina. O clima de expectativa e apreensão permeava o Morumbi, onde os torcedores sonhavam com uma virada que parecia distante, mas não impossível. A equipe, sob o comando do treinador Telê Santana, contava com a presença de jogadores icônicos que se tornariam lendas do clube.
O São Paulo de Telê
O time que entrava em campo naquela noite era recheado de estrelas. Com Zetti no gol, Raí como o maestro do meio-campo e Cafu, que jogava como ponta naquela partida, o tricolor tinha em sua formação o que havia de melhor no futebol brasileiro. A confiança era alta, mas a intensidade e a pressão também eram palpáveis. Raí, determinado mesmo com uma mão quebrada, e Cafu, em sua posição de ataque, tinham a missão de levar a equipe à vitória.
Um primeiro tempo emocionante
O jogo começou com o São Paulo partindo para cima do adversário em busca do primeiro gol. A expectativa crescia, mas o relógio parecia correr contra a equipe. O Morumbi, com sua torcida fervorosa, vibrava a cada ataque. E foi em uma jogada inusitada que o primeiro gol saiu. O volante Dinho tentou um chute de longe, a bola desviou em Raí e enganou o goleiro Scoponi: 1 a 0. A esperança se acendeu.
A virada se concretiza
Logo depois, Raí teve a oportunidade de brilhar novamente. Com uma falta bem cobrada, ele fez o segundo gol, colocando o São Paulo a um passo de uma classificação heroica. A torcida explodia de alegria, mas a tensão ainda pairava no ar. O time continuou criando chances, mas o terceiro gol parecia teimosamente distante.
A situação ficava crítica, pois se o Newell’s marcasse, a missão se tornaria ainda mais difícil. No entanto, aos 30 minutos do segundo tempo, Raí voltou a balançar as redes, fazendo 3 a 0 com uma ajuda da defesa adversária. O clima de festa já começava a se espalhar pelo Morumbi.
O desfecho da epopeia
Com a vantagem de 3 a 0, a equipe relaxou um pouco, mas o quarto gol era questão de honra. E foi Cafu, em uma jogada de tabela com Palhinha, que selou a vitória com um belo gol aos 38 minutos, decretando o placar de 4 a 0. A classificação para a final da Libertadores estava garantida, e a torcida tricolor explodiu em euforia.
Finalmente, o São Paulo se consagrava bicampeão da América e do mundo, iniciando um ciclo de conquistas que ficaria marcado na história do futebol. A noite mágica de 1993 continua a ser lembrada como um exemplo do que a paixão e o espírito de luta podem alcançar dentro de campo.
Legado e inspiração
A vitória do São Paulo sobre o Newell’s Old Boys não apenas consolidou a equipe como uma das grandes potências do futebol sul-americano, mas também deixou um legado inspirador para as gerações futuras. A determinação e o talento daqueles jogadores são lembrados até hoje e servem como um lembrete de que, mesmo nas situações mais desafiadoras, é possível alcançar grandes feitos.
Com um histórico rico em conquistas, a trajetória do São Paulo na Libertadores de 1993 é um testemunho da força e resiliência que caracterizam o clube e seus torcedores, que continuam a sonhar com novas vitórias e lembranças que eternizarão este time no coração do Brasil.