No calor da tensão política, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fez duras críticas ao comentarista da extrema-direita norte-americana Tucker Carlson durante uma conversa com o influenciador Dinesh D’Souza. O diálogo foi parte de um novo filme sobre o conflito israelo-palestino, que será lançado em outubro deste ano.
A troca de informações entre Netanyahu e D’Souza
O evento foi promovido por D’Souza, que divulgou um clipe da entrevista nas redes sociais. Durante o trecho, D’Souza questionou Netanyahu sobre um intercâmbio recente entre Carlson e o senador Ted Cruz. O comentarista, em uma interação anterior, tinha questionado se os judeus em Israel, sob Netanyahu, são descendentes dos antigos israelitas citados na Bíblia. A resposta de Netanyahu foi clara e enfática: “Não há dúvida sobre isso.”
Reflexões sobre a história e o presente de Israel
O primeiro-ministro continuou, explicando a dispersão histórica dos judeus e a profunda conexão que mantêm com a terra de Israel. “Nós dissemos: ‘Próximo ano em Jerusalém’”, disse Netanyahu, fazendo referência à tradição judaica. Ele ainda destacou o desenvolvimento de Israel como uma potência tecnológica, descrevendo o país como “Silicon Valley no Oriente Médio.”
“Nós somos uma sociedade democrática em face de enormes ataques”, declarou Netanyahu, em referência às constantes ameaças que Israel enfrenta de nações vizinhas.
O primeiro-ministro também se dirigiu diretamente a Carlson, questionando: “Quem é Tucker Carlson defendendo? Essas pessoas que gritam ‘Morte à América’? Elas querem destruir a civilização ocidental! Elas querem destruir tudo que a América representa.”
O papel de Israel no Oriente Médio
Netanyahu enfatizou que Israel é o único lugar no Oriente Médio onde os cristãos estão seguros. Ele atribuiu isso à política inclusiva do país, que acolhe os cristãos e protege os locais sagrados, contrastando com a situação em outros países da região. “As igrejas estão sendo destruídas em todo o Oriente Médio”, lamentou.
“Se Tucker Carlson está fazendo essa pergunta, então ele não tem ideia—não apenas da história judaica, mas da história em geral”, afirmou o líder israelense.
No entanto, Netanyahu não hesitou em expressar seu apoio a Donald Trump, ressaltando que o ex-presidente é “o maior amigo que Israel já teve”. Ele argumentou que ambos estão lutando contra um inimigo comum: o Irã.
Críticas de Tucker Carlson e o clima político atual
Carlson, por sua vez, fez comentários negativos sobre Israel e, recentemente, insinuou que Netanyahu controla Trump, chamando isso de “humilhante”. O comentarista se tornou um crítico voz ativa da abordagem do governo israelense, e sua retórica pode estar ressoando com uma parcela significativa da população americana, mais dividida do que nunca sobre questões internacionais.
Na discussão, Netanyahu também se posicionou contra a proteção que os adversários da América, que se identificam com a ideologia MAGA, estão buscando para aqueles que, segundo ele, são os “piores inimigos do planeta”.
“Aqueles que falam sobre MAGA amam a América e os valores americanos, e não se identificam com os piores inimigos que a América enfrenta hoje no mundo”, concluiu.
Essa polêmica troca de ideias reflete um momento crítico na política internacional, onde Israel e suas relações com os Estados Unidos estão cada vez mais sob o olhar atento dos críticos e defensores. À medida que a conversa continua, fica a pergunta de até onde a polarização pode impactar o futuro das relações exteriores dos Estados Unidos e de Israel.
O vídeo completo da entrevista pode ser assistido acima.
