Brasil, 24 de setembro de 2025
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Debate acirrado sobre anistia e Imposto de Renda na Câmara

O relator Paulinho da Força enfrenta resistência do PT em projeto sobre anistia enquanto busca apoio para votação do Imposto de Renda.

O clima na Câmara dos Deputados esquentou com a proposta do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) em busca de um projeto alternativo à anistia. Em reunião recente, petistas deixaram claro que não apoiariam as ideias do relator, que incluem a redução de penas para os envolvidos em atos golpistas, resultando em gritos de “sem anistia” e “sem dosimetria”. Este é um tema delicado, especialmente considerando o contexto político atual e a divisão entre os partidos.

Reunião tensa com o PT

Após a reunião, Paulinho se manifestou sobre suas expectativas de avançar com a votação do projeto na próxima terça-feira. Ele referiu-se à necessidade de desvincular a discussão sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil da proposta de anistia. “Vou falar com o presidente da Câmara, Hugo Motta, ainda hoje para acertar o calendário da votação”, afirmou Paulinho, demonstrando confiança em que o projeto poderá ser analisado em breve.

No entanto, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), expressou suas preocupações sobre a possibilidade de vincular as votações do IR à proposta de Paulinho. Ele destacou que a pauta fiscal é vital para a população e que misturar temas desse porte poderia comprometer a votação: “Se tumultuarmos colocando um tema como esse, tanto anistia quanto revisão de penas, a chance de não conseguirmos votar o Imposto de Renda é grande”, declarou Lindbergh.

Descontentamento e articulações na oposição

Lindbergh também levantou críticas sobre a postura da bancada bolsonarista, que não aceita a redução de penas em vez de uma anistia completa para os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. Ele alertou sobre uma articulação da oposição que pode resultar em uma ampliação do escopo do projeto durante sua tramitação. “Sabemos que, quando discutirem a revisão de penas, haverá um destaque do PL com uma proposta de anistia ampla, geral e irrestrita”, disparou.

Na reunião do PL, Paulinho revelou que seu projeto de “anistia alternativa” poderia beneficiar não apenas os presentes nos eventos de 8 de janeiro, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta uma pena de 27 anos e três meses de prisão. Essa revelação gerou ainda mais descontentamento entre os partidos de oposição.

O que pode acontecer nas próximas votações?

Ademais, Paulinho busca um consenso sobre quais crimes seriam cobertos pela redução de penas. Decidido a excluir os crimes de golpe de Estado da proposta, ele pretende focar na diminuição das penas para crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Contudo, mesmo com essa limitação, a bancada petista já declarou que se posicionará contrária ao projeto.

Por outro lado, há analistas que acreditam que Paulinho poderá encontrar suporte suficiente em outros partidos para garantir a aprovação do projeto de redução de penas na Câmara, apesar da resistência do PT. Essa expectativa, porém, ainda é envolta em incertezas.

Conclusão

A situação continua tensa na Câmara dos Deputados, com Paulinho da Força tentando articular a votação de seu projeto alternativo à anistia e a proximidade da votação do Imposto de Renda gerando uma pressão adicional sobre os parlamentares. As próximas semanas serão decisivas para o futuro das propostas em discussão e a confluência entre os interesses diversos dos partidos.

Acompanhe nossas atualizações para mais informações sobre a tramitação desses importantes assuntos que afetam diretamente a população brasileira.

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