Brasil, 24 de setembro de 2025
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Motivos da rivalidade: torcedor do Vasco é assassinado por flamenguistas

Um torcedor do Vasco foi morto após briga com flamenguistas em um ônibus no DF. Suspeito do crime é menor de idade e se entregou à polícia.

Um triste episódio de violência entre torcedores ocorreu no último domingo (21) no Distrito Federal, culminando na morte do torcedor do Vasco, Eumar Vaz. Ele foi atacado por um grupo de torcedores do Flamengo enquanto retornava para casa em um ônibus após assistir ao jogo entre os dois times. Este caso levanta discussões sobre a rivalidade no futebol brasileiro e a crescente violência nas torcidas organizadas.

O crime a bordo do ônibus

Eumar Vaz, de acordo com testemunhas, estava em um ônibus da linha 812.1 da Urbi, indo para sua casa no Riacho Fundo II. Após o término do jogo, que terminou empatado, o torcedor estava acompanhado de amigos até se envolver em uma confusão com aproximadamente 20 torcedores adversários que estavam no mesmo coletivo. O ataque começou quando os flamenguistas exigiram que Eumar retirasse a camisa do Vasco, o que ele se recusou a fazer.

A briga rapidamente se intensificou, levando a agressões físicas. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível identificar um homem armado com uma faca e outro segurando um pedaço de madeira. Durante a confusão, Eumar foi esfaqueado e gravemente ferido. Ele foi levado ao Hospital Regional de Ceilândia, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo na manhã seguinte, segunda-feira (22).

A entrega do suspeito e desdobramentos da investigação

O principal suspeito de desferir os golpes fatais, um menor de idade, entregou-se à Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA) na noite de terça-feira (24). Segundo informações da Polícia Civil, outros envolvidos já foram identificados e são procurados pelas autoridades. A legislação brasileira impõe certa limitação na divulgação da identidade de menores envolvidos em crimes, mas a tragédia em questão aumenta o clamor por responsabilização e medidas rigorosas contra este tipo de violência.

A vida de Eumar e o impacto da tragédia

Eumar Vaz, além de ser torcedor fanático do Vasco, era um pai dedicando, deixando dois filhos jovens, um de 3 anos e outro de 13 anos. Amigos e familiares descreveram Eumar como um homem trabalhador e gentil, que jamais deveria ter enfrentado uma situação tão violenta durante um momento de lazer. Infelizmente, a violência entre torcidas organizadas continua a ser uma preocupação constante no Brasil, e a morte de Eumar é um trágico lembrete do que pode ocorrer em meio a rivalidades exacerbadas.

Reações e futuras ações

A morte de Eumar gerou reações contundentes de torcedores, familiares e até mesmo de dirigentes do futebol brasileiro. A Polícia Civil já estuda a possibilidade de pedir à Justiça que proíba a atuação de torcidas organizadas que tenham um histórico de violência, incluindo a jovem torcida do Flamengo no DF. Isso cria um debate não apenas sobre segurança pública em eventos esportivos, mas também sobre o papel das instituições e da sociedade em prevenir a violência entre torcidas.

Vivemos em um momento que exige reflexão sobre a relação dos torcedores com suas equipes e a necessidade de abordar as rivalidades de maneira respeitosa, longe da agressão e da hostilidade. Em última análise, é fundamental que o amor pelo futebol nunca se transforme em ódio.

Conclusão

A morte de Eumar Vaz é um lembrete sombrio da necessidade de ações efetivas para combater a violência nas torcidas organizadas. As autoridades devem agir rapidamente não apenas para punir os responsáveis, mas também para promover uma cultura de paz e respeito no mundo do futebol. Essa tragédia não deve ser em vão, mas sim um chamado à ação para um futuro mais seguro para todos os torcedores.

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