Brasil, 24 de setembro de 2025
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Trump surpreende com citações ao Brasil na ONU

Discurso de Trump na ONU destaca Lula e Brasil, inovando em diplomacia e provocando reações.

Na  terça-feira (23), durante sua participação na Assembleia Geral da ONU, Donald Trump quebrou um padrão observado nas últimas décadas ao dedicar uma considerável parte de seu discurso ao Brasil e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Historicamente, o país mal tem sido mencionado nas intervenções dos presidentes dos Estados Unidos nas reuniões anuais da organização, mas o discurso inesperado de Trump acendeu debates e discussões sobre a nova dinâmica nas relações Brasil-EUA.

Um discurso inédito e surpreendente

Antes do discurso de Trump, o Brasil tinha sido citado apenas em duas ocasiões por presidentes norte-americanos durante as reuniões da Assembleia Geral da ONU desde o início do século XXI. Em 2003, George W. Bush fez uma menção rapidíssima ao país ao lamentar o assassinato do diplomata Sérgio Vieira de Mello, e em 2012, Barack Obama mencionou o Brasil em um contexto de reconhecimento por seus avanços sociais e econômicos. Portanto, a fala de Trump, que durou quase um minuto e meio e inclui elogios a Lula, foi um marco inédito.

Um elogio à Lula e um tom de camaradagem

Em seu discurso, Trump descreveu Lula como um “bom homem” e relatou uma recente interação entre os dois nos bastidores, onde ambos, segundo Trump, trocaram abraços e expressaram simpatia um pelo outro. A possibilidade de um encontro futuro entre Trump e Lula também foi insinuada, o que intensifica a expectativa em relação às relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. O chanceler Mauro Vieira afirmou que o encontro deveria acontecer na próxima semana, possivelmente de forma virtual.

Impacto nas relações Brasil-EUA

Ao se desviar dos protocolos diplomáticos habituais e abordar o Brasil de forma tão direta, Trump não apenas chamou a atenção para a nova postura dos EUA em relação ao país, mas também trouxe à tona um dilema em potenciais questões comerciais e políticas. O presidente falou sobre a implementação de tarifas contra o Brasil, um ponto que gerou reações mistas. Para muitos analistas, essa abordagem reflete uma tentativa de Trump de equilibrar relações amigáveis sem abrir mão de sua agenda nacionalista.

Até o momento, Lula e os representantes brasileiros não se pronunciaram oficialmente sobre as menções de Trump, mas a expectativa é que esse movimento possa reinventar a interação política e econômica entre os dois países, especialmente depois de anos em que as relações foram tensas e muitas vezes adversas durante a administração Jair Bolsonaro.

Um marco na história das assembleias anteriores

Os discursos anteriores de líderes norte-americanos quase sempre relegaram o Brasil a um plano secundário. A última década, por exemplo, foi marcada pela exclusão do país em diversos debates, deixando de lado menções a líderes brasileiros em favor de outros tópicos. Essa mudança proposta por Trump não pode ser subestimada e deve ser analisada em contexto com o cenário político e econômico atual, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Reações e reflexões

Após o discurso, diversos especialistas e líderes políticos brasileiros se mostraram intrigados com a nova postura de Trump. Essa abordagem ao Brasil pode significar um realinhamento de prioridades na política externa americana. O economista e analista político brasileiro, Carlos Alberto de Sousa, comentou que “as declarações de Trump revelam um espaço inexplorado no qual se poderá trabalhar em interação, coordenando esforços para enfrentar desafios comuns”.

Ainda há incertezas quanto a como essa relação poderá se desenvolver na prática, considerando que a dinâmica política interna dos EUA e eventuais pressões sobre Trump podem alterar o curso esperado. No entanto, o espaço aberto por Trump em relação a Lula e ao Brasil poderá ser um divisor de águas, não apenas para a diplomacia, mas também para acordos econômicos que poderiam beneficiar ambos os países.

Um novo capítulo nas relações bilaterais

À medida que o Brasil tenta se reposicionar no cenário internacional e fortalecer suas relações com grandes potências, a interação com os Estados Unidos sob a presidência de Trump poderá ser crucial. Assim, o discurso na ONU não apenas chama a atenção pela quantidade de menções ao Brasil, mas simboliza um potencial novo capítulo nas relações bilaterais entre os dois países.

O futuro ainda é incerto, mas a receptividade dos líderes brasileiros e a sua disposição para dialogar com a administração Trump será fundamental para transformar essas palavras em ações concretas e, quem sabe, em parceria. Será um momento decisivo para a política externa do Brasil, que agora se encontra à porta de novas possibilidades e desafios.

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