Brasil, 24 de setembro de 2025
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Justiça absolve 14 policiais da Rota acusados de execução

A Justiça de São Paulo absolveu 14 PMs da Rota acusados de matar dois suspeitos desarmados em 2015, após intensas investigações.

No dia 22 de setembro de 2025, a Justiça de São Paulo decidiu absolver 14 policiais da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota) acusados de executar a tiros dois suspeitos desarmados em Pirituba, Zona Norte de São Paulo, em agosto de 2015. O júri teve início na segunda-feira e se estendeu até a noite da terça-feira, levantando controvérsias sobre a conduta dos policiais e a legitimidade de suas ações.

Acusações e justificativas

O Ministério Público (MP) diferenciava os PMs como responsáveis por homicídio doloso — que implica intenção de matar — e fraude processual, alegando que os agentes teriam forjado o local do crime para dar aparência de um confronto legítimo. Os agentes, por sua vez, sempre se defenderam, alegando que estavam atuando em legítima defesa durante uma troca de tiros enquanto perseguiam um veículo suspeito de roubo. Mesmo durante todo o processo, todos os 14 PMs responderam à acusação em liberdade, alguns já aposentados.

Julgamento e absolvição

O julgamento ocorreu na 5ª Vara do Júri do Fórum Criminal da Barra Funda e foi encerrado em uma intensa sessão de aproximadamente 10 horas. Durante o julgamento, o MP apresentou evidências e depoimentos que afirmavam a inocência dos policiais, reforçados por imagens exclusivas que, supostamente, indicavam manipulação no cenário do crime. Os 14 PMs foram absolvidos, e a defesa de cada um deles sustentou que a ação foi uma resposta legítima a um ataque. O advogado Mauro Ribas, em declarações anteriores, reafirmou a posição da defesa: “Eles agiram em legítima defesa”.

Testemunhos e reações

O advogado Renato Nascimento também se manifestou sobre o caso ao longo do tempo, afirmando que seus clientes eram inocentes e que sempre estiveram envolvidos em ações para proteger a sociedade de criminosos. “As vítimas tinham envolvimento com a criminalidade e armas”, afirmou Nascimento, reforçando a crença de que a polícia estava no lado certo ao agir da forma que agiu.

Por outro lado, a versão dos agentes de que o trio fugido disparou contra as viaturas foi contestada pelo MP, que sustenta que as alegações são um artifício para justificar as mortes de Hebert Lúcio Rodrigues Pessoa e Weberson dos Santos Oliveira. Esses casos têm gerado um intenso debate sobre a violência policial e a forma como as forças de segurança operam nas periferias de São Paulo.

Implications e próximos passos

Com a decisão da Justiça, os 14 policiais absolvidos poderão retornar à ativa, embora a Corregedoria da PM tenha indicado que, caso ocorram condenações futuras, procedimentos internos em relação ao comportamento dos agentes podem ser instaurados. O acompanhamento do trâmite judicial continua a ser uma prioridade, especialmente em uma época em que a relação entre a sociedade e a polícia é cada vez mais questionada.

As repercussões do caso trazem preocupações sobre a confiança pública nas instituições de segurança e com o estado atual da segurança nas áreas urbanas. O caso teve forte cobertura da mídia e gerou discussões acaloradas nas redes sociais, fazendo com que a sociedade civil buscasse mais transparência sobre as ações da polícia e as legislações que regulam o uso da força.

Conclusão sobre a absolvição

A absolvição dos 14 policiais da Rota gera uma divisão clara na sociedade, com alguns aplaudindo a decisão como uma reafirmação da autodefesa policial, enquanto outros condenam o que veem como uma permissão para a violência desmedida a serviço da suposta segurança pública. O debate continua aceso, evidenciando a complexidade das relações sociais no Brasil e a necessidade de discutir com responsabilidade a segurança e o papel das forças policiais.

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