Brasil, 24 de setembro de 2025
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Trump e Lula impulsionam mercado brasileiro com otimismo bilateral

Discurso de Trump na ONU e aproximação com Lula elevaram o Ibovespa e reduziram o dólar, refletindo esperança de diálogo comercial.

O encontro informal entre os presidentes Donald Trump e Lula, na semana passada, e a expectativa de reunião oficial nesta semana elevaram o otimismo dos investidores no Brasil nesta terça-feira. Após o discurso de Trump na Assembleia Geral da ONU, os principais indicadores financeiros do país reagiram positivamente, com forte valorização do real e do Ibovespa.

Mercado reage à aproximação entre Brasil e EUA

Trump afirmou que deve se encontrar com Lula na próxima semana, o que aumentou as apostas por uma solução para as sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros. Ao mencionar a “ótima química” com o presidente brasileiro, ele incentivou o aumento do apetite ao risco entre os investidores globais, que passaram a enxergar uma possibilidade de diálogo mais positivo nas relações comerciais.

Segundo Marco Oviedo, estrategista da XP, uma eventual redução nas tarifas pode ajudar a melhorar o fluxo de capitais para o Brasil, impulsionando a valorização do real e elevando a Bolsa. “Essa perspectiva alivia tensões e estimula investimentos”, avalia.

Dólar e Bolsa em movimento recorde

O dólar fechou em queda de 1,1%, cotado a R$ 5,27 — o menor nível desde junho de 2024 — enquanto o Ibovespa renovou sua máxima histórica de fechamento, ao alcançar 146.425 pontos, alta de 0,91%. O aumento no apetite ao risco foi confirmado pelo assessor da Aware Investments, Mauricio Carvalho, que destacou o dia favorável às moedas emergentes.

Essa aposta no mercado local foi reforçada também pelas declarações do presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, que sinalizou cautela e alertou para riscos na trajetória inflacionária e do mercado de trabalho. Com a previsão de mais cortes na taxa de juros americana em 2026, há uma expectativa de maior ingresso de capitais estrangeiros no Brasil, fortalecendo o câmbio e os ativos locais.

Perspectivas de negociações e impacto cambial

Powell reforçou a importância de um equilíbrio delicado para controlar inflação e manter o crescimento do emprego, indicando que o clima de aproximação entre Lula e Trump pode ajudar na resolução da questão tarifária, que atualmente prejudica as exportações brasileiras para os EUA.

Para o economista do Banco BV, Carlos Lopes, a desaceleração do dólar refletiu também o cenário de melhora na comunicação entre os líderes, o que favorece as negociações e pode favorecer uma trajetória de juros mais baixa no Brasil. Além disso, o mercado espera que as ações do Ibovespa continuem a subir, impulsionadas pela expectativa de uma eventual reforma fiscal e pela preferência global por ativos de mercados emergentes.

O cenário político e econômico em destaque

Especialistas destacam que a valorização do real e a alta da Bolsa estão ligadas às expectativas de estabilidade política e à percepção de avanço nas negociações comerciais. O Secretário do BNDES, João Pereira, ressaltou que o movimento de aproximação entre Brasil e EUA também reflete o interesse de ambos os lados em evitar uma nova escalada tarifária que poderia afetar negativamente o fluxo de capitais.

Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que a política monetária americana enfrenta desafios relacionados ao controle da inflação e ao pleno emprego, mantendo o cenário de incerteza que também influencia o mercado brasileiro. ‘Encontrei Lula nos abraçamos e vamos nos encontrar na semana que vem’; veja vídeo.

O ambiente de sinais positivos e o clima de diálogo entre os dois países colaboraram para que a Bolsa brasileira atingisse, nesta manhã, seu oitavo recorde de fechamento em menos de um mês, além de diminuir o risco cambial no curto prazo.

Para mais informações, acesse o link da reportagem.

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