Brasil, 24 de setembro de 2025
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Haddad afirma que Lula e Trump devem discutir economia e investimentos

Ministro da Fazenda destaca prioridade de negociação entre Brasil e Estados Unidos na agenda de Lula e Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devem iniciar discussões sobre temas como integração econômica e investimentos mútuos. A declaração ocorre após um breve encontro entre os dois lideranças na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Diálogo entre Lula e Trump deve abordar assuntos relevantes

Haddad destacou que há otimismo em relação ao potencial de aproximação entre os dois países. “Agora, parece que o companheiro Trump gostou do companheiro Lula e vão começar a conversar, falar de coisas que realmente importam, que é integração econômica, investimentos mútuos”, afirmou.

Durante seu discurso na ONU, Donald Trump citou o encontro e confirmou que os dois marcaram uma reunião. Segundo o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, a conversa entre Lula e Trump deve ocorrer por telefone ou vídeo na próxima semana.

Tratativas comerciais e retomada de parcerias

Entre os assuntos que podem ser debatidos, Haddad mencionou a retomada de negociações de parcerias comerciais com o governo de Joe Biden, relacionadas a biocombustíveis, minerais críticos e energia limpa. “Temos muitos termos de acordo que já estavam em processo e podem ser retomados se as coisas voltarem à normalidade”, explicou. “As tratativas envolviam transformação produtiva, energias renováveis, minerais raros e biocombustíveis.”

Posição brasileira sobre tarifaço e sobretaxas

Haddad reforçou que a diplomacia brasileira deve priorizar a retirada das sobretaxas aplicadas a todos os produtos brasileiros, sem tentar manter uma lista de exceções. “Queremos acabar com todas as tarifas, não há razão para tarifar produtos da América do Sul, pois somos deficitários em relação aos Estados Unidos”, afirmou. “A América do Sul não deve ser tarifada, e as tarifas não fazem sentido neste momento.”

Avanço na digitalização do sistema tributário

Na sua participação no 2º Congresso de Direito Tributário, realizado pelo IDP em Brasília, Haddad destacou que a Receita Federal prepara a implantação do maior sistema tributário digital do mundo, que será 150 vezes maior do que o Pix, sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central.

“Estamos montando o maior sistema tributário digital do mundo, que ficará em operação a partir de janeiro do próximo ano em fase de testes”, afirmou. O ministro explicou que a iniciativa visa modernizar a arrecadação, reduzir a sonegação fiscal e garantir maior transparência no uso de recursos públicos, ao assegurar que os impostos arrecadados retornem como investimento para as cidades.

Perspectivas de acordo e benefícios

Segundo Haddad, essa digitalização permitirá à economia brasileira ganhar competitividade, promover investimentos e fortalecer a integração entre diferentes setores produtivos. “Vamos mudar de escala, isso vai beneficiar tanto exportadores quanto investidores, e acabar com a guerra fiscal entre estados”, concluiu.

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