Brasil, 24 de setembro de 2025
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Ex-servidor de prefeitura baiana é preso por desvio de R$ 600 mil

Tiago Francisco Castro de Souza é acusado de clonar processos de pagamento na assistência social de Guanambi.

No último dia 22 de setembro, um ex-servidor público da Prefeitura de Guanambi, localizada no sudoeste da Bahia, foi preso sob a acusação de ter desviado mais de R$ 600 mil dos cofres públicos. Tiago Francisco Castro de Souza, de 37 anos, estava tentando deixar o país quando foi capturado por policiais federais em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Desvios descobertos em auditoria interna

Tiago trabalhou por dez anos na prefeitura e, nos últimos quatro anos, ocupava um cargo de confiança na secretaria de assistência social. O esquema de desvios veio à tona após uma auditoria interna, que revelou irregularidades preocupantes nos processos de pagamento. Conforme informações da TV Sudoeste, afiliada da Rede Bahia, a secretaria responsável pelo setor foi a responsável pela descoberta dos fatos.

Após a detecção das anomalias, a gestão municipal tomou medidas imediatas. Tiago foi exonerado de seu cargo no dia 3 de setembro e, dois dias depois, o caso foi formalmente denunciado à polícia. A denúncia ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) aconteceu quatro dias após a exoneração do servidor, resultando na expedição de um mandado de prisão preventiva, a qual foi cumprida em Foz do Iguaçu.

Como funcionava o esquema

Os detalhes da operação criminosa envolviam a clonagem de processos de pagamento, onde parte dos recursos destinados a atendimentos sociais era redirecionada para a conta pessoal de Tiago. Esse tipo de fraude é um grave desvio de finalidade e representa um grande dano à sociedade, uma vez que os recursos da assistência social são extremamente necessários para o bem-estar da população mais vulnerável.

Reação da prefeitura e defesa do ex-servidor

A Prefeitura de Guanambi se manifestou em nota informando que os valores exatos do desvio ainda estavam em processo de contabilização, enfatizando que as medidas corretivas estavam sendo tomadas desde a identificação das irregularidades. A gestão municipal se comprometeu a seguir investigando a fundo o caso e a colaborar com as autoridades competentes.

O advogado de Tiago, José Cardoso Júnior, declarou que o processo corre em segredo de Justiça e que ele preferia não se manifestar publicamente até ter acesso completo aos detalhes do caso. Tal postura é comum em situações em que as acusações geram grande repercussão, preservando diretos tanto do acusado quanto das partes envolvidas nas investigações.

Implicações e próximas etapas

O desvio de verbas públicas em um valor tão elevado como esse levanta questionamentos sobre a eficácia dos mecanismos de controle e auditoria na administração pública. O caso de Tiago Francisco serve como um alerta sobre a necessidade de um sistema de monitoramento mais robusto para evitar que situações similares ocorram no futuro.

Agora, o foco se volta para as investigações que ainda seguem em andamento. O Ministério Público também pode iniciar ações para ressarcir os valores desviados, e novas evidências podem surgir à medida que as autoridades aprofundam suas análises nos documentos e registros financeiros da prefeitura.

Ao se tratar de um caso de desvio de recursos públicos, a sociedade aguarda com expectativa ações firmes contra a corrupção e a impunidade, além de melhorias na gestão pública, especialmente em setores tão sensíveis quanto o da assistência social.

Esse episódio não é isolado; a Bahia tem enfrentado uma série de investigações de desvios em diferentes áreas. Essas situações revelam a urgência de um debate mais amplo sobre como garantir a integridade e transparência no uso dos recursos públicos, salvaguardando os direitos da população.

Conclusão

O caso de Tiago Francisco Castro de Souza é um exemplo preocupante das fraudes que podem ocorrer na administração pública. A esperança é que com a prisão e possíveis novos desdobramentos do caso, a justiça seja feita, e que medidas efetivas sejam implementadas para evitar a repetição de tais atos ilegais. A sociedade merece transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos, fundamentais para a construção de um futuro mais justo e equitativo.

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