Brasil, 23 de setembro de 2025
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Ministra da Igualdade Racial pede apoio para implementar propostas da Conapir

Após a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Anielle Franco solicita parcerias para transformar propostas em políticas públicas.

Menos de uma semana após a conclusão da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fez um chamado urgente a estados e municípios, pedindo apoio e colaboração para que as cerca de 500 propostas desenvolvidas durante o evento sejam efetivamente transformadas em políticas públicas. “Muita coisa aconteceu nesses últimos três anos à frente do Ministério da Igualdade Racial, onde nós fazíamos como o nosso dever deve ser feito, enviar recursos e tudo o mais. Muitas vezes, estados e municípios, por terem posicionamentos diferentes do nosso, ou demoravam muito, ou atrasavam ou não queriam fazer acontecer”, relatou a ministra.

O papel fundamental dos governos locais

Anielle Franco ressaltou que o sucesso na implementação das políticas de igualdade depende fundamentalmente do engajamento dos governadores e prefeitos. “Esse é um grande obstáculo. Para que a política chegue na ponta, a gente precisa dos governadores, dos prefeitos para que isso aconteça”, afirmou. A ministra ressaltou que o momento atual do Brasil exige que todos os líderes políticos assumam a responsabilidade de cuidar do povo, acima de quaisquer interesses pessoais ou partidários. “É um grande desafio. A gente vive uma fase no nosso país onde a gente precisa, cada vez mais, lembrar que não é sobre onde eu voto, em quem eu voto, mas sim sobre cuidar do povo”, acrescentou.

A importância do ano eleitoral

Em entrevista realizada no programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Anielle comentou sobre a proximidade do ano eleitoral e o potencial impacto que isso pode ter na implementação das propostas aprovadas na Conapir. “A gente tem aí um ano que vai ser desafiador. Essa disputa de mentes, corações e narrativas, onde as pessoas, de fato, precisam entender que esses lugares, esses cargos, esses postos que ocupam são para cuidar do povo e não por interesses próprios”, destacou.

Além disso, a ministra lembrou que não basta que as propostas sejam apenas políticas de governo, que mudam a cada eleição. “Não pode ser apenas uma política de governo. Passados dois, quatro, seis anos, é outro [governo], não vamos fazer? Não, temos que fazer sim. Tem que ser uma política de Estado. Essa é a maneira, [é] a vontade política”, finalizou. Anielle enfatizou que, sem a intenção clara de promover mudanças, as políticas não sairão do papel.

Entendendo a Conapir

Durante a 5ª Conapir, realizada em Brasília, delegados e participantes de todo o Brasil se reuniram para discutir e aprovar diretrizes e recomendações para a formulação e o aprimoramento de políticas públicas de igualdade, democracia, reparação histórica e justiça racial. Na última sexta-feira (19), foi apresentado um documento final com as propostas que serão encaminhadas ao governo federal.

O evento contou com a presença de cerca de duas mil pessoas, incluindo 1,7 mil delegados eleitos, 200 convidados e 50 observadores, que debateram um total de 740 propostas aprovadas em etapas anteriores, como conferências municipais, estaduais e regionais. A relevância dessas discussões se reflete no desejo de verdadeira transformação social e na busca por ações concretas que promovam a igualdade racial no Brasil.

A implementação efetiva dessas propostas é essencial para garantir que as necessidades e os direitos da população negra e de outras minorias sejam atendidos. A disponibilidade e o compromisso dos governos locais em trabalhar em conjunto com o Ministério da Igualdade Racial serão determinantes para o sucesso dessas iniciativas, com o objetivo de realmente proporcionar mudanças significativas e duradouras na sociedade brasileira.

Em um clima de expectativas, Anielle Franco e os participantes da Conapir esperam que as recomendações e propostas levadas ao governo não fiquem apenas na teoria, mas se tornem práticas efetivas que melhorem a vida de todos. A próxima etapa será monitorar como essas iniciativas serão recebidas e integradas nas políticas públicas em todo o país.

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