A arrecadação do governo federal, composta por impostos, contribuições e outras receitas, totalizou R$ 208,791 bilhões em agosto, corrigidos pela inflação, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23/9) pela Receita Federal. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação chegou a R$ 1,8 trilhão, o que representa o melhor desempenho desde 2000.
Desempenho arrecadatório de 2025 e destaque de agosto
O resultado de agosto mostra um aumento real de 1,50% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 201 bilhões, também ajustada pela inflação. Até agora, a arrecadação de 2025 soma R$ 1,88 trilhão, um aumento de 4,44% em relação ao mesmo período de 2024, levando em conta a inflação.
O crescimento positivo reflete, principalmente, alterações na legislação relacionadas ao Juros sobre Capital Próprio e uma crise no Rio Grande do Sul, que impactaram as receitas estaduais e federais, segundo a Receita Federal.
Principais justificativas para o desempenho de agosto
- O IRPJ e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) arrecadaram R$ 28,93 bilhões, apresentando um decréscimo real de 8,27%, influenciado pela redução de 11,08% na estimativa mensal e queda de 17,67% no balanço trimestral.
- O PIS/Pasep e a Cofins totalizaram arrecadação de R$ 46,24 bilhões, com decréscimo real de 3,70%, refletindo, especialmente, a redução de 2,54% no volume de vendas e um aumento de 2,78% no volume de serviços entre julho de 2025 e julho de 2024.
- O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) apresentou crescimento real de 35,57%, atingindo R$ 8,45 bilhões, contribuindo positivamente para a arrecadação de agosto.
Resultados acumulados no ano e setores relevantes
- A arrecadação previdenciária atingiu R$ 463,3 bilhões, com crescimento real de 3,37%, impulsionada pelo aumento de 5,96% na massa salarial.
- PIS/Pasep e Cofins acumularam R$ 378,92 bilhões, crescendo 3,55% em termos reais.
- Imposto de Importação e IPI na importação apuraram R$ 81,76 bilhões, resultado de um crescimento real de 18,29%, refletindo o aumento no comércio exterior.
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