O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou nesta terça-feira (23) na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O líder brasileiro criticou o protecionismo dos Estados Unidos e reforçou a necessidade de reformas no sistema multilateral, posicionamentos que podem acirrar a tensão com o governo americano.
Críticas ao protecionismo e à crise comercial global
Durante seu discurso, Lula afirmou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos, especialmente as que visam produtos brasileiros, aprofundam as desigualdades e fragilizam as economias emergentes. Segundo o presidente, o aumento do protecionismo impacta negativamente o comércio internacional e prejudica a cooperação global.
“Acreditamos que o sistema de comércio deve ser justo e equilibrado, com regras que favoreçam o desenvolvimento de todos”, declarou Lula. Ele reforçou a necessidade de reformas na Organização Mundial do Comércio (OMC) para evitar práticas unilaterais que prejudicam países em desenvolvimento. Fonte
Defesa da soberania e autonomia do Brasil
Lula aproveitou a oportunidade na ONU para reafirmar a independência do Brasil frente às pressões externas. Ele mencionou a importância de preservar o papel do Supremo Tribunal Federal e de garantir a autonomia das instituições brasileiras, em face de críticas de autoridades norte-americanas.
“O Brasil não aceitará interferências externas em seus assuntos internos”, afirmou Lula. A mensagem busca consolidar a postura soberana do país, sobretudo em um momento de tensões com o governo de Washington, apesar de não haver um encontro oficial marcado entre Lula e o presidente Donald Trump na sede das Nações Unidas.
Expectativa de encontro não oficial
Embora não esteja previsto um encontro formal, há expectativa de que Lula e Trump se cruzem nos corredores da ONU, cada um acompanhando o discurso do outro. A interação entre os dois líderes deve ser observada como um sinal importante na retomada do diálogo bilateral.
Contexto internacional e próximos passos
O discurso de Lula marca um momento de confronto de narrativas entre Brasília e Washington, com foco na defesa de uma agenda multilateral mais justa e na resistência a políticas protecionistas. Analistas avaliam que essa postura poderá influenciar futuras negociações do Brasil no cenário internacional.
O líder brasileiro encerrou sua fala destacando o papel do Brasil na promoção da paz e do desenvolvimento sustentável, reforçando o compromisso de ampliar as ações diplomáticas e econômicas do país na comunidade global.