Brasil, 23 de setembro de 2025
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prisão de empresário ligado ao careca do inss confirma investigação

Durante a CPI do INSS, empresário é preso por falso testemunho em escândalo de fraudes. Novas evidências surgem sobre o caso.

Na última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente Carlos Viana (Podemos-MG) tomou a polêmica decisão de prender em flagrante o empresário Rubens Oliveira Costa, conhecido por estar ligado a Antônio Carlos Camilo, o “Careca do INSS”. Essa ação é parte de um desdobramento das investigações em torno de fraudes no sistema previdenciário brasileiro, que vêm sendo apuradas há meses.

Decisão do presidente da CPI e os desdobramentos da prisão

A decisão de Viana foi motivada pelo crime de falso testemunho. Costa, durante seu depoimento na CPI, se negou a fornecer documentos e, segundo parlamentares, mentiu sobre informações relevantes que já estavam em posse da Polícia Federal. O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apoiou a medida e ressaltou a gravidade das mentiras apresentadas por Costa.

Após a prisão, Rubens deixou a sessão acompanhado por policiais legislativos e foi encaminhado à sede da Polícia Federal, onde deverá passar a noite. Na manhã seguinte, ele passará por uma audiência de custódia, onde poderá definir um valor para sua fiança. O vice-presidente da CPI, deputado Duarte Jr., declarou que há indícios sólidos de que Costa esteve envolvido em movimentações financeiras suspeitas, desafiando as informações fornecidas pela Polícia Federal.

Depoimento e alegações de Costa

No decorrer de seu depoimento, Rubens Oliveira Costa negou ter qualquer ligação com fraudes, afirmando ter atuado unicamente como administrador financeiro de empresas vinculadas a Careca. Embora tenha se declarado inocente, suas tentativas de evitar respostas para muitas perguntas levantaram suspeitas. Um habeas corpus concedido pelo STF o protegeu de responder a perguntas que pudessem incriminá-lo.

Esse comportamento, segundo Viana, apenas reforça a impressão de que Costa estava tentando ocultar informações. O presidente da CPI enfatizou que o testemunho é uma obrigação e que mentir no âmbito da CPI implica consequências legais.

Investigações mais amplas e o papel de Careca

As investigações que envolvem o chamado “Careca do INSS” e a operação Sem Desconto, que investiga fraudes nas aposentadorias, indicam um esquema que pode ter causado prejuízos bilionários ao governo. Careca, que foi preso no início do mês pela Polícia Federal, está agendado para depor na CPI. A sua presença é aguardada com cautela, já que ele poderá, devido a um habeas corpus, permanecer em silêncio, mas a CPI já aprovou a quebra dos seus sigilos fiscal, bancário e telefônico.

Os parlamentares também estão focando nas alegações de “influência política” que Careca possuía, envolvendo contatos frequentes com gabinetes no Congresso e na Esplanada dos Ministérios. Essa dimensão da investigação poderá trazer à tona novos mecanismos de fraudes que poderiam ter sido facilitados por políticas inadequadas ou corrupção no serviço público.

Expectativas para o futuro das investigações

A prisão de Rubens Costa destaca a continuidade das investigações, que agora se voltam para as interações de Careca com outras figuras do governo e os potenciais desdobramentos legais. Com a CPI determinada a prosseguir com as apurações, o público e os especialistas aguardam ansiosamente por cada avanço no caso, que revela as falhas do sistema previdenciário brasileiro e a necessidade urgente de reforma.

As implicações dessas investigações são profundas e afetam não apenas a reputação dos envolvidos, mas também a confiança da população nas instituições governamentais e na integridade do sistema de previdência social.

Enquanto a CPI continua seu trabalho de investigação, a sociedade observa e espera por informações que possam levar a um futuro mais transparente e justo em relação aos recursos públicos.

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