Brasil, 23 de setembro de 2025
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Suspeito de assassinato de ex-delegado presta depoimento em São Paulo

Willian Silva Marques, acusado no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz, se entregou à polícia e prestou depoimento no DHPP.

O caso do assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes se intensificou com a prisão e o depoimento de Willian Silva Marques, um dos principais suspeitos envolvidos no crime. Na madrugada de domingo (21), Willian se entregou à polícia em São Paulo e prestou depoimento ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na segunda-feira (22). A investigação revelou que a casa de Willian, localizada na Praia Grande, é considerada um ponto crucial no desenrolar da execução de Ferraz.

A prisão de Willian Silva Marques

Willian, de 36 anos, foi preso com base em uma ordem de prisão temporária emitida pela Justiça de São Paulo e é o quarto suspeito preso em relação ao assassinato do ex-delegado. A polícia informou que o fuzil que pode ter sido usado no crime teria saído de sua propriedade. Durante o depoimento, Willian afirmou que alugou o imóvel a um indivíduo chamado Luiz, mas não apresentou comprovantes ou contratos que corroborassem sua versão.

O ex-delegado Ruy Ferraz foi assassinado na noite de segunda-feira (15), após cumprir expediente como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Além de Willian, outras três pessoas foram presas, incluindo Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (conhecido como Fofão) e Rafael Marcell Dias Simões (também conhecido como Jaguar).

A investigação e os desdobramentos crime

A casa de Willian foi o primeiro imóvel a ser investigado pela polícia, após informações obtidas no depoimento de Dahesly, uma das detidas. A residência é considerada a base da suposta quadrilha envolvida no crime, com 41 materiais genéticos encontrados no local, incluindo DNA de um policial militar que é irmão de Willian. No entanto, o policial já prestou depoimento e não é considerado um suspeito.

O DHPP esclareceu que a mulher, Dahesly, tinha saído de Diadema para buscar um dos fuzis que foram usados no assassinato de Ruy. A ordem para a ação teria sido dada por Luiz Antonio, que ainda se encontra foragido. Vale ressaltar que o imóvel de Willian está situado em uma área tranquila, mas nos últimos dias foi utilizado pela quadrilha.

Quem são os outros suspeitos?

Além de Willian, outros três foragidos estão sendo procurados: Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano; Flávio Henrique Ferreira de Souza; e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda. Todos são considerados perigosos e têm envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Em contrapartida, Dahesly e Luiz Henrique Santos Batista foram presos por suas ligações diretas com o crime, enquanto Rafael Marcell Dias Simões se entregou à polícia e também é suspeito de participação no assassinato.

O legado de Ruy Ferraz Fontes

Ruy Ferraz teve uma longa carreira de quase 40 anos na Polícia Civil de São Paulo, destacando-se como delegado-geral entre 2019 e 2022. Ele foi uma figura emblemática no combate ao crime organizado, sendo responsável pela identificação e prisão de numerosas lideranças do PCC. Sua atuação em momentos críticos, como os ataques de maio de 2006, foram decisivas para enfraquecer a facção criminosa dentro dos presídios.

A autuação de Ferraz como secretário de Administração, mesmo após sua aposentadoria, demonstra sua contínua dedicação à segurança pública. O assassinato do ex-delegado levantou questões sobre a violência que ainda persiste nas relações entre as autoridades e o crime organizado em São Paulo.

Próximos passos nas investigações

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) reafirmou seu comprometimento em elucidar todos os aspectos do caso e cita que “as forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime”. Enquanto isso, a polícia continua a investigar as circunstâncias que cercaram a execução do ex-delegado e a busca por mais suspeitos que ainda estão foragidos.

Diante da gravidade do caso, a sociedade aguarda por respostas e pela justiça em relação a um dos seus defensores mais destacados no combate ao crime organizado. O desenrolar das investigações nos próximos dias será crucial para entender a fundo o crime bárbaro que chocou o país.

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