A primavera já chegou e, com ela, mudanças significativas no clima da região de Piracicaba, SP. Após um longo período de 20 dias sem chuva em setembro, a cidade registrou os primeiros 1,8 milímetros de precipitação neste final de semana, com temperaturas que se aproximaram dos 37ºC. Porém, a situação está prestes a mudar, com alertas de queda de temperatura e potenciais tempestades nos próximos dias.
Expectativa de clima instável na região
A previsão do tempo para Piracicaba indica que, a partir desta terça-feira (23), as mínimas podem alcançar temperaturas entre 13ºC e 14ºC, enquanto as máximas devem variar entre 28ºC e 33ºC. Este cenário contrasta fortemente com as marcantes temperaturas elevadas do último domingo, que atingiram 36,8ºC, segundo medição da estação meteorológica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).
Os dados revelam que a cidade não apenas registrou temperaturas extremas, mas também um índice de Umidade Mínima Relativa do Ar (URA) de apenas 28% no domingo. Além da mudança nas temperaturas, a região tem um aviso laranja do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), sinalizando a possibilidade de tempestades e quedas acentuadas nas temperaturas.
Aviso de alerta e impactos potenciais
O alerta emitido pelo Inmet, que vai até às 10h de terça-feira (23), destaca os riscos associados às condições meteorológicas. A previsão é de chuvas intensas, podendo variar entre 30 e 60 mm/h, e ventos que podem atingir até 100 km/h. Além disso, há risco de granizo e os problemas associados, como cortes de energia, danos a plantações e alagamentos.
Nesta transição climática, a Defesa Civil de São Paulo também destaca que Piracicaba registrou ventos fortes, de até 69,48 km/h no último domingo. A combinação de chuva e vento pode causar sérios problemas na infraestrutura local e nas atividades econômicas da região.
Impacto da seca no Rio Piracicaba
Além das tempestades previstas, a seca na região tem um impacto visível no Rio Piracicaba. Com a baixa vazão, muitas atividades turísticas foram suspensas, como é o caso do passeio de barco no rio, que é uma das tradições locais. Luís Fernando Magossi, que trabalha há 17 anos na região, expressa preocupação não só com a sua capacidade de trabalho, mas também com o impacto que a baixa quantidade de água tem na fauna aquática.
“Eu trabalho há 17 anos no rio. Ontem e hoje eu não consegui trabalhar por causa do nível do rio. Mas a preocupação não é o meu trabalho, é o rio e os peixes que sobraram”, lamenta Magossi. O nível de água no trecho de Piracicaba, segundo dados do Sistema de Alerta de Inundações de São Paulo (Saisp), foi registrado em 13,48 metros cúbicos (m³) na tarde do último domingo.
A baixa vazão do rio impede até mesmo a navegação segura. Magossi ressalta que a segurança dos passageiros é a prioridade, e navegar em águas com baixa profundidade aumenta os riscos de acidentes. Para ele, o ideal seria uma vazão acima de 20 metros cúbicos, o que permitiria um funcionamento seguro dos passeios de barco.
Conclusão e recomendações
Diante deste cenário, a população local deve estar atenta às recomendações das autoridades e se preparar para as possíveis mudanças climáticas. A chegada da primavera traz esperança de chuvas, mas também alerta sobre os riscos associados. É fundamental que moradores e visitantes da região de Piracicaba acompanhem as previsões meteorológicas e se protejam contra as possíveis tempestades anunciadas.
Com a seca considerada severa e os alertas de tempestade, a situação na região é uma chamada à ação para a preservação dos recursos hídricos e para que a comunidade esteja sempre preparada para as mudanças climáticas que podem impactar suas vidas. Para mais informações sobre as condições climáticas e eventos na cidade, acesse o g1 Piracicaba.
