Brasil, 22 de setembro de 2025
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Cosan confirma que recurso de R$ 10 bilhões não será usado para pagar dívida da Raízen

Grupo Cosan anuncia captação de R$ 10 bilhões, mas garante que os recursos não serão usados para reduzir dívidas da subsidiária Raízen

A Cosan informou nesta segunda-feira (22) que os R$ 10 bilhões previstos na recente captação junto a um consórcio de acionistas não serão destinados à quitação de dívidas ou capitalização da Raízen, sua subsidiária. A empresa reafirmou a continuidade do processo de desalavancagem e estratégias para fortalecer sua estrutura financeira.

Captação de R$ 10 bilhões e objetivos

O Grupo Cosan anunciou um acordo com os bancos BTG Pactual e a gestora Perfin para a realização de duas ofertas públicas de ações. Segundo a companhia, os recursos serão totalmente destinados ao fortalecimento do capital da própria Cosan, sem impacto direto na dívida da Raízen, que atualmente soma R$ 49,2 bilhões.

Reação do mercado e impacto nas ações

Após o anúncio, as ações da Cosan abriram em forte queda, chegando a perder cerca de 23% por volta de 10h30. Os papéis da Raízen também caíam quase 7%, enquanto as ações da Rumo recuavam 0,6%, refletindo a desvalorização do grupo na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Estratégia de longo prazo e governança

De acordo com o diretor financeiro da Cosan, Rodrigo Araujo, o principal objetivo do acordo com novos acionistas, incluindo BTG Pactual e Perfin, é agregar valor ao portfólio, criar uma estrutura de capital mais flexível e facilitar a redução do endividamento da Raízen. A operação também garante a governança, com o acordo de acionistas firmado por 20 anos, trazendo maior estabilidade e segurança para o controle da companhia.

O controle permanece com o empresário Rubens Ometto, que detém 50,1% das ações, enquanto os novos sócios, BTG e Perfin, possuem 23% e 10,4%, respectivamente. O acordo prevê a manutenção do controle por parte de Ometto pelos próximos seis anos, embora haja possibilidade de alterações futuras.

Perspectivas de crescimento e sustentável

Apesar do momento turbulento, a Cosan acredita que a entrada de sócios estratégicos traz valor além do aspecto financeiro, incluindo expertise em infraestrutura e investimentos de longo prazo. A companhia também sinalizou interesse na venda de ativos no futuro, desde que obtenha preços adequados e mantenha sua estratégia de redução de alavancagem.

Reforço na gestão e sucessão

A parceria com BTG Pactual e Perfin visa garantir a continuidade do negócio, facilitar processos de sucessão e reforçar a governança da empresa. Marcelo Martins, CEO da Cosan, destacou que a operação será de longo prazo, com a expectativa de zerar a alavancagem financeira dentro de um horizonte médio a longo prazo.

Para futuras ações, a expectativa é que o processo de precificação aconteça em novembro, com o limite total de até dois bilhões de ações na soma das duas ofertas, estimando um levantamento de aproximadamente R$ 2,75 bilhões na segunda etapa.

Mais informações podem ser conferidas na matéria completa no site do O Globo.

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