A Justiça do Rio de Janeiro determinou um novo mandado de prisão contra o modelo Bruno Krupp, envolvido na morte do adolescente João Gabriel Guimarães, atropelado na Barra da Tijuca em 2022. O ato foi decidido pela 2ª Câmara Criminal e reestabelecido pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que argumentou que Krupp descumpriu medidas cautelares ao se envolver em um episódio de agressão enquanto deveria estar em casa, conforme um habeas corpus concedido.
Entenda a decisão da Justiça
O mandado de prisão foi emitido devido ao descumprimento das medidas cautelares definidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março. Em junho, o modelo foi preso por se envolver em uma briga na Zona Sul do Rio. Durante o incidente, uma das vítimas, um homem que ficou desacordado, foi agredida com socos e chutes na cabeça. O comportamento de Krupp, que teria incentivado a violência, foi classificado pela desembargadora como uma reiteração delitiva, revelando um padrão de comportamento que vai além de simples delitos.
A agressão e suas consequências
Na decisão, a desembargadora destacou o fato de que Bruno Krupp não apenas descumpriu as obrigações impostas pela Justiça, mas também foi considerado um dos responsáveis pelo agravamento da situação que levou ao expancamento do homem na Lagoa. Para Fábio Marçal, advogado da família da vítima João Gabriel, a reestabelecimento da prisão não é apenas uma resposta ao clamor da família, mas uma reação da sociedade a um comportamento que não pode ser ignorado.
“Esse comportamento não pode ser tratado como simples crime de trânsito. O comportamento dele debochando da sociedade, se envolvendo em novos crimes, por si só já determina a prisão dele,” afirmou Marçal, ressaltando a gravidade do caso e a importância de medidas firmes da parte da Justiça.
Relembrando o caso do atropelamento
O atropelamento de João Gabriel ocorreu em 2022, quando Bruno Krupp pilotava sua moto a mais de 100 km/h na Avenida Lúcio Costa, onde a velocidade máxima permitida é de 60 km/h. Com o impacto, o jovem de apenas 16 anos perdeu a vida, gerando indignação e tristeza na comunidade. Este caso, que chocou muitos, resultou em uma acusação de homicídio culposo que leva Krupp a responder na Justiça.
No início de março de 2025, após ser beneficiado por um habeas corpus do STJ, Bruno foi libertado da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8. Porém, as repercussões de seus atos continuam a atormentar sua vida, agora enfrentando novos desafios legais com o reestabelecimento da prisão.
Caminhos futuros do processo
A situação de Bruno Krupp agora se encontra em um cenário incerto, uma vez que o caso ainda aguarda desdobramentos e julgamentos. Apesar de ter sido determinado que o modelo vá a júri popular, não há uma data definida para este julgamento. O clima cauteloso envolve todos os atores da situação e a questão da responsabilidade e das consequências de atos violentos na sociedade é mais relevante do que nunca.
Enquanto isso, a defesa de Bruno Krupp foi procurada pela reportagem do g1, mas até a publicação deste artigo não havia apresentado um posicionamento. O caso continua a gerar debates sobre a cultura de impunidade e a necessidade de uma resposta efetiva por parte da Justiça frente a crimes violentos.
As discussões em torno do caso de Bruno Krupp se estendem além das implicações legais, refletindo sobre as relações sociais e os valores que regem a convivência entre os cidadãos.