Brasil, 22 de setembro de 2025
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A Alemanha se prepara para tratar até 1.000 soldados feridos por dia

A Alemanha antecipa um possível conflito com a Rússia e se prepara para um grande número de soldados feridos em caso de guerra.

Em um cenário de crescente tensão entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Alemanha alerta que um conflito armado pode resultar em até 1.000 soldados feridos por dia. Esta previsão foi feita pelas autoridades de saúde militares do país, enfatizando a necessidade de uma preparação robusta para tratar feridos em um potencial cenário de guerra.

Evidências de escalada da tensão

Com as recentes incursões de jatos e drones russos em países da OTAN, como Polônia, Romênia e Estônia, a inquietação na Europa em relação a uma possível escalada do conflito tem aumentado. Em resposta a esse estado de alerta, a Alemanha está revisando suas capacidades médicas e de mobilização militar. O Cirurgião Geral da Alemanha, Ralf Hoffmann, destacou que a quantidade de soldados feridos dependerá da intensidade dos combates e dos militares envolvidos.

Transformação no campo de batalha

A natureza da guerra está mudando rapidamente, como demonstrado no conflito da Ucrânia. O foco em ferimentos causados por explosões e queimaduras, decorrentes do uso crescente de drones e mísseis, requer uma abordagem e recursos diferenciados no tratamento de feridos. Hoffmann observou que “a natureza do combate mudou drasticamente na Ucrânia”, enfatizando que a estratégia de combate deve se adaptar a esse novo cenário.

Os soldados ucranianos descrevem um corredor repleto de drones como uma “zona de morte”, onde a presença constante de aeronaves não tripuladas dificulta a evacuação dos feridos. “Muitas vezes, os ucranianos não conseguem remover os feridos rapidamente devido à atividade intensa de drones”, afirmou Hoffmann, ressaltando a necessidade crítica de estabilização prolongada dos soldados feridos, um processo que pode levar horas na linha de frente.

Preparativos para a evacuação e tratamento

Reconhecendo a necessidade de uma logística eficiente para o transporte dos feridos, a Alemanha está explorando opções de trens hospitalares e ônibus, além de ampliar a evacuação médica aérea. O tratamento inicial será realizado na linha de frente, seguido pela transferência dos feridos para hospitais civis na Alemanha, conforme planeado por Hoffmann.

Com a capacidade aproveitada das unidades de saúde do país, a previsão é que cerca de 15.000 leitos hospitalares sejam necessários para atender os soldados feridos, considerando a infraestrutura total disponível de até 440.000 leitos nos hospitais alemães. Essa preparação faz parte de um esforço maior da Alemanha para aumentar seu gasto militar e reconsiderar a reintrodução do serviço militar obrigatório, abordando não apenas a força de combate, mas também os cuidados médicos adequados para os soldados no campo de batalha.

Mudanças na abordagem médica

Hoffmann ressaltou que as lições aprendidas na Ucrânia estão moldando a visão europeia sobre o tratamento de feridos. O deslocamento de tratamentos convencionais para ferimentos provocados por explosões e queimaduras representa um grande desafio para os serviços médicos do exército. “Precisamos nos adaptar”, concluiu o cirurgião general, enfatizando o caráter dinâmico e imprevisível dos conflitos modernos.

À medida que a situação na Europa continua a evoluir, as autoridades alemãs permanecem vigilantes e preparadas para atender a qualquer emergência que possa surgir. A combinação de ações diplomáticas, fortalecimento da defesa e aprimoramento da capacidade médica reflete um compromisso com a proteção de seus cidadãos e de suas forças armadas em tempos de crise.

Para mais informações sobre esta situação em desenvolvimento, os leitores podem acompanhar as atualizações nas páginas de notícias locais e internacionais.

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