No último dia 11 de setembro, o torcedor vascaíno Rodrigo José Santana, de 36 anos, foi brutalmente assassinado durante um confronto entre torcidas em Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio de Janeiro. A polícia agora solicita a ajuda da população na localização de dois homens foragidos, Everton Oliveira da Silva, conhecido como “Porrozinho”, e Lucas Machado de Jesus, conhecido como “LC”. Ambos já são considerados foragidos da Justiça e são acusados de participação ativa neste crime hediondo.
O crime que chocou o futebol brasileiro
O assassinato de Rodrigo ocorreu na noite em que Vasio e Botafogo se enfrentavam pela Copa do Brasil. Durante a partida, torcedores do Flamengo, de maneira dissimulada e sem uniformes do clube, organizaram um ataque ao grupo de torcedores do Vasco que se reunia próximo à estação de trem de Oswaldo Cruz. O confronto foi marcado por violência extrema, com o uso de rojões, bombas e armas de fogo.
Infelizmente, Rodrigo foi atingido na cabeça durante a confusão e não sobreviveu ao ataque, deixando para trás uma esposa e quatro filhos, incluindo um bebê de apenas três meses. Outras vítimas também foram registradas, como um outro torcedor identificado apenas como J.G.B., que foi baleado no pé.
Prisões decorrentes do crime violento
Após intensas investigações, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no último sábado (20) nove pessoas em conexão com a morte de Rodrigo. Entre os detidos está Tiago de Souza Câmara Melo, conhecido como “Boinha”, que é presidente da Torcida Jovem do Flamengo. As prisões incluem outros membros conhecidos da torcida e foram motivadas pela confirmação de participação no ataque.
Os indivíduos capturados enfrentam acusações de homicídio e outros crimes relacionados, com alguns já possuindo mandados de prisão expedidos pela Justiça. Um dos detidos, Paulo Victor Aguiar Santana, “PV”, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, após policiais encontrarem um revólver em sua residência.
Motivação e ações da torcida organizada
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a motivação do crime foi classificada como “fútil, abjeta e primitiva”. Os autores, que se organizaram para atacar os torcedores do Vasco, usaram de disfarces para evitar a identificação, o que aumentou a violência da situação. Testemunhas relataram terem ouvido pelo menos quatro disparos de arma de fogo durante o confronto, e investigações confirmaram que Thiago Faria da Silva, o “Monstrinho”, foi o responsável pelo disparo que atingiu Rodrigo.
A comunidade clama por justiça
A morte de Rodrigo gerou uma onda de indignação tanto entre os torcedores do Vasco como na sociedade em geral. A comunidade está unida na busca por justiça e pede que todos os envolvidos no crime sejam responsabilizados. O Disque Denúncia lançou um cartaz solicitando informações que possam levar à captura dos foragidos, uma medida essencial para assegurar a justiça neste caso devastador.
Impacto na vida familiar e na comunidade
A tragédia não afeta apenas a memória de Rodrigo, mas também a vida de seus filhos e familiares que agora enfrentam um futuro incerto. Amigos revelaram que Rodrigo não tinha a intenção de comparecer ao jogo entre Vasco e Botafogo, mas decidiu ir a Oswaldo Cruz para um reencontro com antigos companheiros durante um churrasco. Ele sempre sonhou em abrir uma barbearia em Portugal, um projeto que agora ficou impossibilitado com sua morte prematura.
O sentimento de perda é palpável entre os amigos e familiares de Rodrigo, que clamam por um ambiente mais seguro e um basta à violência entre torcidas no Brasil, uma questão que, infelizmente, ainda persiste e precisa ser urgentemente abordada.
Por fim, é fundamental que as autoridades continuem a investigar e que a população colabore com informações, pois por mais que as paixões esportivas sejam intensas, a vida sempre deve prevalecer sobre qualquer rivalidade.
