Brasil, 22 de setembro de 2025
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Direita se mobiliza nas redes após manifestações contra anistia

Nomes da direita criticam atos da esquerda em defesa da PEC da Blindagem e anistia aos condenados pela tentativa de golpe.

No último domingo (22), a mobilização da direita nas redes sociais foi intensa em reação aos atos promovidos pela esquerda, que se concentraram na defesa da PEC da Blindagem e do projeto de anistia aos condenados na tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023. Parlamentares e figuras do campo bolsonarista expressaram descontentamento não apenas com o conteúdo das manifestações, mas também com a presença de artistas nas atividades. Este cenário revela o acirramento do debate político no Brasil, num momento em que a polarização é mais evidente.

Atos e números expressivos

De acordo com um levantamento realizado pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, que utilizou imagens aéreas captadas por drones, as manifestações contaram com a participação de cerca de 42,3 mil pessoas na Avenida Paulista em São Paulo e 41,8 mil na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Os números, apesar de significativos, são comparáveis aos registrados em atos anteriores organizados pelo setor bolsonarista, refletindo um clima de mobilização em ambas as frentes políticas.

Reações da direita

As reações dos representantes do campo conservador foram rápidas e contundentes. O pastor Silas Malafaia, conhecido por suas postagens polêmicas, recorreu ao X (antigo Twitter) para criticar as publicações que utilizavam imagens fechadas para promover os eventos. Em tom irônico, ele declarou: “Só rindo muito. Fotos fechadas, show de artistas para levar gente para rua. Faz como nós fazemos, imagens de cima feita por drone e fotos tiradas de cima, não de paralela a multidão.”

Figuras públicas e suas críticas

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), fez uma postagem que incluía uma ilustração do cantor Caetano Veloso, que participou do ato na praia de Copacabana, comentando: “Uma imagem vale mais do que mil palavras! Esse é o comunista hipócrita, que gosta de ganhar milhões.” A deputada federal Bia Kicis também compartilhou a mesma imagem, enfatizando a contradição das aqueles que se opõem à anistia enquanto participam dos atos.

Ironias e críticas à presença de artistas

O deputado federal Nikolas Ferreira também fez questão de ironizar a presença de figuras públicas nas manifestações. Em uma publicação que acompanhava um vídeo aéreo da manifestação na Avenida Paulista, ele comentou: “Nem com Rouanet vingou.” Comentários semelhantes foram feitos pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que escreveu: “Sempre passando vergonha” ao compartilhar um vídeo das manifestações em Brasília. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ainda foi mais longe, argumentando em sua conta no Instagram que “a esquerda… não quer anistia para quem apenas manifestou sua opinião. Hipocrisia!”

Conexões internacionais

O advogado americano Martin De Luca, que representa a Rumble e a Trump Media & Technology Group, também entrou no debate ao criticar a mobilização, afirmando que “19 cantores renomados e apenas 42 mil compareceram a um show musical gratuito fingindo ser um ‘protesto’”. Ele criticou ainda a natureza das manifestações, ressaltando que o Congresso brasileiro “pode confortavelmente aprovar o projeto de lei de anistia”. De Luca utilizou uma gravação do evento em Salvador, que contou com a presença do ator Wagner Moura e da cantora Daniela Mercury, para embasar suas afirmações, questionando a seriedade dos protestos.

Conclusão

As manifestações de domingo demonstraram um ambiente político polarizado, onde a presença de artistas nas atividades gerou controvérsias e reações acaloradas da direita. As redes sociais serviram como campo de batalha para a propaganda política, e os atos ressaltaram a crescente tensão em torno da proposta de anistia e da PEC da Blindagem. Enquanto a esquerda tenta criar massa de manobra em apoio às suas causas, a direita busca respostas e a mobilização em defesa de suas ideias, mostrando que a luta política no Brasil está longe de ser um fenômeno isolado.

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