Brasil, 22 de setembro de 2025
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Dom Atacadista amplia presença no Rio com estratégia regional agressiva

Rede fundada em 2019 mira crescimento de R$ 5 bilhões em 2026, focando na expansão no Estado do Rio e consolidando o atacarejo regional

O Dom Atacadista, rede de atacarejo criada em 2019, está acelerando sua expansão no Rio de Janeiro, com planos de abrir 11 novas lojas até o início de 2027. A estratégia reforça a aposta do grupo mineiro Mart Minas e de seu CEO, Caio Lira, na consolidação de uma atuação exclusivamente regional, apesar do crescimento expressivo do setor no Brasil.

Expansão focada e investimentos de R$ 600 milhões

A rede pretende faturar R$ 5 bilhões em 2026, aumentando sua presença no estado através de um projeto que envolve investimentos de aproximadamente R$ 600 milhões. A maior parte desse montante será captada por meio de recursos próprios, enquanto o restante virá de investidores externos. Desde sua aquisição de metade do negócio pelo Mart Minas em 2022, o Dom passou de 10 para 23 lojas e mantém a meta de ampliar sua atuação no Rio.

Foco na operação regional e vantagens competitivas

Caio Lira, CEO do Dom Atacadista, reforça que a estratégia de não expandir além do Rio é essencial para manter a viabilidade operacional. “Fazer fora da base enfraqueceria nossa estrutura. Nosso futuro é ser uma rede regional, pois o controle de todas as unidades em até 35 minutos, de helicóptero, oferece uma vantagem operacional importante”, afirmou o executivo.

Hoje, a maior parte das lojas está distribuída por diversos municípios do estado, como Angra e Itaperuna, com presença também em bairros da capital, principalmente nas zonas Oeste e Norte. Há planos de crescer na Região dos Lagos, Serrana e Baixada Fluminense, além de explorar o Sul do Rio, uma área de potencial de mercado ainda pouco atendida por atacarejos.

Estratégia de crescimento e impacto no mercado

Desde 2022, o Dom dobrou sua participação de mercado no Rio, resultado do sucesso do atacarejo como canal de abastecimento e compra diária para consumidores de diferentes classes sociais. Segundo Caio Lira, o setor vem evoluindo de uma solução para o food service para uma preferência das famílias metropolitanas, inclusive de renda mais elevada, o que tem pressionado hipermercados tradicionais e ampliado a importância do atacarejo na cidade.

Além de oferecer conveniência e preços competitivos, as lojas do Dom vêm se tornando pontos de abastecimento para produtos frescos, como frios e proteínas, além de estarem cada vez mais integradas ao cotidiano urbano, com unidades em bairros centrais de rápida acessibilidade.

Desafios e perspectivas futuras

Caio Lira destaca que a alta dos juros, atualmente em 15% ao ano, limita a emissão de dívidas para financiar a expansão, fazendo com que a eficiência operacional seja prioridade. Ainda assim, o executivo acredita que o crescimento robusto do setor de atacarejos no Brasil continuará, impulsionado pela mudança de perfil dos consumidores e pela natural consolidação de redes regionais.

Embora o estrategema seja focado no Rio, Lira demonstra otimismo com a possibilidade de futuras incursões em outras regiões, incluindo a sua cidade natal, João Pessoa. Entretanto, ele ressalta que, devido às dificuldades de expansão fora da base, essa ideia ainda é considerada inviável no momento. “O futuro do varejo brasileiro é ser regional. País continental como o Brasil não permite uma replicação simples de modelo”, conclui.

Para mais detalhes sobre essa estratégia de crescimento, acesse a matéria completa no Globo.

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