Brasil, 22 de setembro de 2025
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Lula confrontará Trump na ONU abordando a soberania brasileira

O presidente Lula participará da Assembleia Geral da ONU, destacando a soberania do Brasil e contrapondo-se às ações de Trump.

Em um momento de crescente tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Nova York com uma agenda recheada de compromissos que visam afirmar a soberania brasileira. Dois meses após o presidente americano Donald Trump ter anunciado uma série de tarifas sobre produtos brasileiros, Lula se prepara para um discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas que promete ser um ponto de virada nas relações diplomáticas entre os dois países.

Encontro na ONU com Trump em um contexto tenso

A presença de Lula na ONU coincide com uma fase delicada nas relações entre Brasil e EUA, as piores em mais de 200 anos de história. O brasileiro será o primeiro a discursar na assembleia, enquanto Trump será o segundo a falar. Com ameaças de retaliações comerciais por parte do governo americano, a expectativa é que Lula leve uma mensagem firme sobre a defesa da soberania nacional, enfatizando o respeito às leis internacionais que regem o multilateralismo.

Interlocutores do governo afirmam que o discurso de Lula foi elaborado com cautela, visando evitar conflitos diretos com Trump, mas que ainda assim trará amplas mensagens de apoio à comunidade internacional e aos cidadãos brasileiros. Essa abordagem cuidadosa demonstra uma tentativa de manter a diplomacia, mesmo diante de um cenário hostil.

A resposta às sanções e medidas americanas

A visita de Lula a Nova York ocorre em um momento em que novas sanções contra autoridades brasileiras estão sendo discutidas pelo governo americano. O secretário de Estado, Marco Rubio, já anunciou que a resposta dos EUA à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) será conhecida nesta semana. De acordo com Trump, Bolsonaro estaria sendo alvo de uma “caça às bruxas” no Brasil, o que demonstra o alto nível de politização nas relações entre os dois países.

O governo dos EUA tenta usar a eliminação de uma sobretaxa de 50% às exportações brasileiras como moeda de troca para encerrar essas “perseguições” políticas. Enquanto isso, Lula tentará reforçar a ideia de que o Brasil permanece firme em seus compromissos diplomáticos, insistindo na importância de abordar questões globais de maneira multilateral.

Discurso de Lula: temas em destaque

No discurso, Lula deve abordar não apenas a questão da soberania, mas também enfatizar a demarcação de políticas relacionadas às mudanças climáticas. Durante sua estadia em Nova York, o presidente também reforçará o convite à COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro deste ano. Essa conferência será uma peça central na estratégia de Lula para promover a transição energética e o combate à pobreza e à fome.

Além disso, Lula planeja discutir as consequências da ofensiva militar israelense em Gaza, condenando o que ele denomina de genocídio de palestinos, um tema que contrasta diretamente com as políticas adotadas por Trump e que ganhou relevância nas discussões internacionais recentes. A participação do presidente brasileiro em debates sobre a criação de dois Estados – Israel e Palestina – será uma reafirmação do posicionamento do Brasil em relação à paz naquela região conturbada.

Defesa da democracia e combate ao extremismo

Por último, um dos principais eventos da agenda de Lula em Nova York será sua co-presidência em um debate sobre a defesa da democracia e o combate a extremismos. Este evento reunirá líderes de diferentes partes do mundo e servirá como um espaço para discutir estratégias que visam fortalecer as instituições democráticas globalmente, num momento em que muitos países enfrentam desafios significativos relacionados ao extremismo e à desinformação.

Essa participação reflete a tentativa do Brasil de se reposicionar como um ator relevante na política internacional, promovendo valores democráticos em um cenário global marcado por conflitos e polarizações.

Com todas essas pautas em mente, a expectativa é de que o discurso e as atividades da agenda de Lula em Nova York não apenas reafirmem a posição do Brasil no cenário internacional, mas também contribuam para reverter a desconfiança que atualmente permeia as relações com os Estados Unidos, estabelecendo um diálogo mais construtivo no futuro.

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