Brasil, 22 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Bernard Arnault reage às críticas sobre taxação de grandes fortunas na França

Bernard Arnault, CEO do grupo LVMH, desafia as declarações de Thomas Piketty e outros líderes políticos sobre imposto às elites francesas

Bernard Arnault, um dos homens mais ricos do mundo e CEO do conglomerado de luxo LVMH, criticou duramente as propostas de taxação de grandes fortunas na França, que têm sido alvo de polêmica no país. As discussões se intensificaram após a declaração do economista Thomas Piketty, ligado ao campo progressista, que defendeu medidas fiscais elevadas para as famílias mais ricas.

Reações de Arnault às propostas de taxação na França

Arnault, cuja fortuna pessoal é estimada em US$ 157 bilhões pela Forbes, afirmou que as críticas às elites francesas representam um ataque à economia e à competitividade do país. Segundo ele, a sugestão de aumentar impostos sobre famílias abastadas pode levar à fuga de capital e à perda de empregos.

“Este claramente não é um debate técnico ou econômico, mas sim um desejo claramente declarado de destruir a economia francesa”, declarou Arnault ao tabloide Sunday Times. Sua afirmação gerou debates entre apoiadores e críticos das propostas de reforma tributária.

Disputa de opiniões no cenário político e econômico

O debate ganhou corpo no contexto das propostas do presidente Emmanuel Macron, que visam reformar o sistema tributário e promover maior justiça fiscal. A esquerda francesa, incluindo o Partido Socialista, apoia medidas de taxação progressiva, enquanto a direita teme a fuga de milionários e o impacto na economia.

O economista Thomas Piketty, conhecido por sua análise sobre desigualdade, defendeu que o imposto poderia arrecadar cerca de 20 bilhões de euros por ano de apenas 1.800 famílias na França, contribuindo para diminuir desigualdades e financiar políticas públicas.

Críticas de líderes políticos e intelectuais

Figuras como o líder socialista Olivier Faure e a líder dos Verdes, Marine Tondelier, criticaram duramente as declarações de Arnault e sua postura de resistência às reformas fiscais. Faure ressaltou que a ausência de solidariedade por parte da elite prejudica a sociedade francesa como um todo.

Já o economista Thomas Piketty, que também enfrentou ataques de Arnault, afirmou que a postura do empresário reflete um conflito de interesses. Ele destacou que não há risco de a economia francesa ir à falência por medidas justas de tributação.

Implicações para o futuro do cenário político francês

As declarações de Arnault e os debates sobre impostos estão colocando em evidência a disputa ideológica entre as forças mais conservadoras e progressistas na França. A questão do patrimonialismo e do papel do Estado na redistribuição de riqueza permanece como um ponto central na discussão sobre o futuro do país.

Especialistas avaliam que o debate sobre a taxação das grandes fortunas continuará sendo um tema de destaque nas próximas semanas, especialmente em um momento de instabilidade política e social.

Para acompanhar os desdobramentos da crise política na França, acesse o link na reportagem da O Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes