Brasil, 22 de setembro de 2025
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Ex-executiva da Meta enfrenta falência após denúncias contra a empresa

A ex-diretora da Meta, Sarah Wynn-Williams, está perto da falência após publicar um livro revelador sobre a empresa.

A ex-executiva da Meta, Sarah Wynn-Williams, um dos nomes que mais repercutiu no cenário tecnológico, enfrenta uma situação financeira crítica após lançar um livro que expõe alegações sobre os negócios da empresa com a China e o tratamento de adolescentes. A posição delicada de Wynn-Williams foi levantada durante um debate na Câmara dos Comuns, onde parlamentares discutiram suas experiências e a retaliação que recebeu após dar visibilidade ao seu relato.

Alegações e consequências no cenário político

No debate, a ex-secretária de Transporte do Partido Trabalhista, Louise Haigh, alegou que a Meta, comandada por Mark Zuckerberg, estava tentando silenciar e punir Wynn-Williams por suas revelações sobre sua experiência na gigante das redes sociais. A parlamentar mencionou que a ex-executiva enfrenta uma multa de US$ 50.000 (cerca de R$ 185.000) a cada vez que viola uma ordem judicial que a impede de criticar a empresa, um fato que colocou sua situação financeira em uma trajetória de falência iminente.

O livro “Careless People” e suas polêmicas

O livro de Wynn-Williams, intitulado “Careless People”, publicado este ano, traz uma série de alegações sobre a cultura e o comportamento da empresa. Entre as acusações, ela denunciou práticas de assédio sexual que a Meta refutou enfaticamente, argumentando que ela foi demitida devido a “desempenho insatisfatório e comportamento tóxico”. Apesar das proibições legais, a obra teve um bom desempenho de venda, com mais de 150.000 cópias comercializadas e figurando na lista de mais vendidos do The Sunday Times.

O impacto da ação judicial

Após o lançamento do livro, Wynn-Williams foi barrada de promover sua obra por uma decisão judicial que a Meta conquistou. Recentemente, ela testemunhou em uma audiência do Senado dos Estados Unidos, onde afirmou que a Meta trabalhava em colaboração com o governo de Pequim em ferramentas de censura, uma alegação que a empresa refutou, caracterizando a declaração como “desconectada da realidade”.

Pressões e suporte de parlamentares

Haigh usou o caso de Wynn-Williams para exemplificar as dificuldades enfrentadas por aqueles que decidem se manifestar contra sua ex-empresa, reforçando que a ex-executiva é alvo de um sistema de arbitragem que tem por finalidade silenciá-la. “Meta está tentando empurrar Sarah à ruína financeira, ao mesmo tempo que diz que não utiliza acordos de confidencialidade em casos de assédio sexual”, declarou a parlamentar, pedindo apoio para legislações que protejam denunciantes.

A empresa, por sua vez, disse que Wynn-Williams não pagou nenhuma indenização até o momento e que as alegações dela eram infundadas. “Descrevemos o livro como uma mistura de alegações desatualizadas e falsas afirmações sobre nossos executivos”, declarou a Meta em nota.

A perspectiva de Wynn-Williams e os desafios continuamente enfrentados

Desde sua audiência no Senado, Wynn-Williams não fez mais aparições públicas, mas em uma declaração recente, expressou gratidão pela investigação em curso sobre o comportamento da Meta. “Eu gostaria de poder dizer mais. Exorto outros funcionários de tecnologia e aqueles que estão pensando em se tornar delatores a compartilharem o que sabem antes que mais crianças sejam prejudicadas”, afirmou.

Enquanto a ex-executiva busca uma solução para sua situação financeira complexa, seu advogado revelou que ela permanece silenciada sobre os mesmos temas que estão sendo investigados pelo Congresso, apesar dos apelos de autoridades para que a Meta encerrasse as ações de arbitragem que ameaçam sua estabilidade financeira.

A situação de Sarah Wynn-Williams não só destaca os desafios enfrentados por aqueles que falam contra grandes corporações, mas também levanta questões sobre a proteção de denunciantes e a responsabilidade das empresas em relação às suas práticas.

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