Brasil, 22 de setembro de 2025
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Cosan planeja captar até R$ 10 bilhões com oferta de ações

A empresa do setor de energia, agronegócio e logística busca reequilibrar suas finanças com operações no mercado de capitais, incluindo duas ofertas públicas.

A Cosan, gigante brasileira que atua nos setores de agronegócio, energia, óleo e gás, e logística, fechou parceria com o BTG Pactual e o fundo Perfin Infra para levantar até R$ 10 bilhões, conforme anúncio divulgado neste domingo. Os recursos serão obtidos por meio de ofertas públicas de ações, voltadas à renegociação de dívidas e à redução do endividamento da companhia.

Operação com ofertas públicas de ações

O acordo principal envolve a emissão de 1,45 bilhão de ações ordinárias, prevista para ser concluída até 14 de novembro. Após o processo de bookbuilding, essa quantidade pode ser ampliada em até 25%, podendo chegar a mais de 1,8 bilhão de papéis. Além disso, uma segunda oferta, destinada a acionistas existentes, prevê a distribuição de 550 milhões de ações, o que totalizaria um valor de aproximadamente R$ 2,75 bilhões, considerando o preço de R$ 5 por ação.

Juntas, as operações não devem superar o limite de dois bilhões de papéis ofertados, podendo haver ajustes no volume da segunda operação dependendo do resultado final do processo de captação.

Uso dos recursos e implicações financeiras

A dívida líquida da Cosan encerrou o segundo trimestre em R$ 17,5 bilhões, sendo que um aporte de até R$ 10 bilhões representa cerca de 57% do endividamento total da companhia. Assim, o montante captado será fundamental na renegociação dos débitos e na busca por liquidez, especialmente após dificuldades financeiras recentes, incluindo a venda de ativos e a busca por novos sócios.

O principal acionista da companha, Rubens Ometto Silveira Mello, e os investidores envolvidos — BTG Pactual e Perfin Infra — se comprometeram com um período de restrição de venda das ações de pelo menos quatro anos, reforçando o compromisso com a estabilidade da empresa.

Perspectivas e desafios

O mercado acompanha com atenção se os recursos serão destinados, também, para a Raízen, subsidiária que concentra a maior parte da dívida da Cosan, que atingiu R$ 49,2 bilhões no último trimestre. A companhia afirmou que uma solução para a situação da distribuidora de combustíveis será elaborada em parceria com a Shell, envolvendo a busca por investidores específicos.

Ressalta-se que toda a operação depende de aprovação em assembleia geral de acionistas, que deve ocorrer nos próximos dias, segundo informações da própria empresa. A movimentação acontece em meio a uma fase de turbulência financeira para o setor energético e de dificuldades do mercado de crédito.

A expectativa é que as ofertas angariem recursos significativos para estabilizar as contas da companhia e fortalecer sua governança de longo prazo, reforçando seu papel estratégico no mercado nacional.

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