Brasil, 22 de setembro de 2025
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Protestos em São Paulo contra anistia e PEC da Blindagem reúnem 42 mil pessoas

Milhares se mobilizam contra a anistia aos condenados por tentativa de golpe e a PEC da Blindagem em ato na Avenida Paulista.

No último domingo (21), cerca de 42,4 mil pessoas se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado e contra a chamada PEC da Blindagem, que exige autorização do Congresso para processar criminalmente deputados e senadores. Esse número foi estimado pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).

O movimento ganha força em várias cidades

Os protestos ocorreram em 33 cidades, abrangendo todas as capitais do Brasil. Os manifestantes se reuniram com slogans críticos ao Congresso Nacional e exigiram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta condenações somando 27 anos de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe e organização criminosa.

As manifestações foram convocadas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas ao PSOL e PT, e contaram com um grande número de participantes, incluindo sindicatos, grupos estudantis, artistas e diversos movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

São Paulo (SP), 21/09/2025  Manifestantes participam de ato contra a PEC da Anistia e da Blindagem, no MASP. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Ato no Masp teve críticas aos parlamentares do Congresso favoráveis à anistia de Jair Bolsonaro. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Vozes da sociedade civil

Entre os participantes, estava Reginaldo Cordeiro de Santos Júnior, professor universitário de Serviço Social, que não reside em São Paulo, mas antecipou sua visita à cidade para participar da manifestação. Para ele, a luta se concentra na defesa da democracia e na preservação das conquistas obtidas com a Constituição Federal de 1988.

“Estamos aqui na luta pela democracia contra a PEC da Blindagem, na luta contra todo o retrocesso do que foi conquistado em 1988. É importante que a juventude entenda as conquistas que conseguimos com a Constituição. Precisamos trazer à tona toda essa problemática que está sendo posta no Congresso”, afirmou.

A professora aposentada Miriam Abramo expressou sua preocupação com a possibilidade de um retorno à ditadura, destacando os riscos que a PEC da Blindagem representa. “Eu vivi uma época em que não tínhamos direitos. Não quero que a juventude espere até os 40 anos para poder escolher seus líderes”, comentou.

O professor de artes marciais, Renato Tambellini, levou sua filha, Luiza, de 12 anos, para que ela compreendesse a importância da participação popular. “É essencial que as crianças aprendam desde cedo sobre mobilização e reivindicação de direitos”, ressaltou ele, evidenciando o papel da educação nas novas gerações.

São Paulo (SP), 21/09/2025  Manifestantes participam de ato contra a PEC da Anistia e da Blindagem, no MASP. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Ato reuniu cerca de 42 mil pessoas na Avenida Paulista, de acordo com cálculos do Monitor do Debate Político no Meio Digital Foto – Paulo Pinto/Agência Brasil

Uma luta coletiva

Tamikuã Txih, representando o povo Pataxó, enfatizou que a luta contra a PEC da Blindagem é um clamor de todos os povos. “Precisamos dizer que não aprovamos essa proposta. Não podemos aceitar as atrocidades que podem ser cometidas pelo Congresso, e a impunidade não é uma opção para nós”, declarou, reforçando a necessidade de mobilização.

A marcha não apenas uniu vozes em um clamor contra a anistia, mas também consolidou a ideia de que a participação popular é essencial na defesa da democracia. Todos os manifestantes, em diferentes idades e contextos, compartilharam o objetivo comum de assegurar direitos e continuar lutando contra os retrocessos políticos que ameaçam a liberdade e a justiça no Brasil.

As manifestações em São Paulo e em outras partes do país mostram que a sociedade civil está atenta e mobilizada, exigindo mudanças significativas no cenário político do Brasil. O recado é claro: a luta pela democracia e por justiça é coletiva, e a voz do povo deve ser sempre ouvida.

Para mais detalhes, você pode acessar a fonte da notícia.

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