A Faculdade de Medicina de Jundiaí, localizada no estado de São Paulo, está recrutando voluntários para participar de um ensaio clínico inovador que investiga o uso de canabidiol e tetrahidrocanabinol (THC) no tratamento de pacientes com Alzheimer em estágio moderado. A pesquisa, que visa explorar novas possibilidades terapêuticas, está sendo administrada pela mestranda Tereza Raquel Xavier Viana e é um passo significativo para entender melhor o tratamento da doença de Alzheimer.
Critérios para participação no estudo
De acordo com a instituição, o recrutamento dos voluntários é feito por meio de um formulário e é exclusivo para pacientes que apresentam sintomas de Alzheimer em estágio moderado de agitação. Para se inscrever, os interessados devem observar alguns critérios importantes:
- Ser atendido no ambulatório de geriatria da faculdade;
- Ter diagnóstico clínico confirmado de Alzheimer, que inclui exames de imagem;
- Ter 60 anos ou mais;
- Estar no estágio moderado da doença.
Tereza Raquel destaca a importância do rigoroso acompanhamento e monitoramento contínuo que será realizado por médicos e profissionais da Faculdade de Medicina, assegurando a segurança e o bem-estar dos participantes ao longo do estudo.
A importância da pesquisa para o tratamento do Alzheimer
Este estudo é crucial, pois pode abrir novas possibilidades de cuidado e tratamento para pacientes com Alzheimer, além de melhorar a qualidade de vida não só dos pacientes, mas também de suas famílias. A interação entre as moléculas de canabidiol e THC será avaliada para determinar sua eficácia na redução da agitação, um sintoma comum em pacientes com a doença.
A mestranda Tereza explica que o objetivo principal é entender como essas moléculas interagem e se podem realmente fazer diferença na vida dos pacientes que lidam com a condição. “Queremos não só estudar a eficácia, mas também oferecer mais apoio para os familiares que muitas vezes se encontram em uma situação desafiadora devido a esta doença”, afirmou Tereza.
Sobre os compostos utilizados no tratamento
O tratamento no ensaio clínico consistirá em um extrato que possui uma proporção equilibrada de canabidiol e THC. Esses compostos são conhecidos por suas propriedades terapêuticas e têm sido estudados como possíveis alternativas para o manejo de várias condições neurológicas, incluindo a doença de Alzheimer. O uso de canabinoides tem mostrado potencial em estudos anteriores, mas esta pesquisa busca aprofundar o conhecimento sobre sua eficácia especificamente em relação à agitação em pacientes com Alzheimer.
Este projeto não só passou pela aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Jundiaí, mas também obteve o consentimento do Conselho Nacional de Saúde, garantindo a conformidade ética e a responsabilidade na condução da pesquisa. Além de Tereza, o estudo conta com a orientação do doutor José Eduardo Martinelli e a coorientação do professor Ivan Aprahamian.
Como participar do estudo
Para aqueles que estão interessados em participar do estudo, o primeiro passo é ter um diagnóstico clínico de Alzheimer e atender aos critérios mencionados anteriormente. Os interessados podem se inscrever utilizando o formulário disponibilizado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, onde mais informações e orientações serão fornecidas.
Este ensaio clínico representa uma oportunidade valiosa para o avanço no tratamento do Alzheimer e para a busca de soluções que possam melhorar a qualidade de vida de muitos brasileiros enfrentando essa condição desafiadora. A pesquisa está em fase inicial, mas as expectativas são altas entre os envolvidos, que acreditam que os resultados possam trazer novos horizontes tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde na luta contra o Alzheimer.
Para mais atualizações sobre esta pesquisa e outros eventos relacionados, os interessados podem acompanhar as notícias através dos canais da FMJ e do G1 Sorocaba e Jundiaí.
