Brasil, 21 de setembro de 2025
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A crescente ameaça cibernética russa à NATO e suas consequências

Especialistas alertam para um possível ataque da Rússia à Polônia antes do Natal, aumentando as tensões na NATO.

Recentemente, um alto funcionário militar russo revelou que Moscovo está se preparando para um ataque na chamada “zona cinza” contra a Polônia, previsto para acontecer antes do Natal. Esta advertência, transmitida por meio de um aliado da Europa Oriental durante a feira de armas DSEI em Londres, gerou discussões urgentes no Reino Unido e nos Estados Unidos sobre o risco de um ataque negável, que pode ter como objetivo fragmentar a NATO.

A nova tática russa e suas implicações

A Rússia vem adotando uma nova tática para pressionar a NATO, realizando incursões em suas fronteiras com o objetivo de testar a determinação da aliança. Em um episódio recente, três caças MiG-31, capazes de transportar mísseis hipersônicos, invadiram o espaço aéreo da Estônia. Os jatos russos foram interceptados após sobrevoarem por 12 minutos a área do Golfo da Finlândia. O primeiro-ministro da Estônia, Kristen Michal, descreveu a situação como “inédita e audaciosa”. Por sua vez, Donald Trump alertou que isso poderia acarretar “grandes problemas”. A Secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, reafirmou o suporte do Reino Unido aos aliados estonianos, exigindo maior pressão sobre o presidente Putin, incluindo a implementação de novas sanções.

Um ataque direto à Polônia?

Embora a ala norte da NATO tenha sido testada repetidamente, é possível que a Polônia enfrente uma situação ainda mais grave. De acordo com fontes de inteligência, um oficial russo desertor, acreditado ser um general de exército, revelou que o Kremlin está planejando um ataque não nuclear em território polonês – uma ação limitada, mas intencional, destinada a testar a resposta da NATO e provocar uma desestabilização política na Europa. Essa informação foi compartilhada com os EUA e está sendo avaliada por autoridades transatlânticas.

Indicando a seriedade da situação, o Polônia acionou o Artigo 4 do tratado da NATO, um protocolo que defende consultas em caso de ameaça à segurança de um membro. Durante uma sessão de emergência do Conselho do Atlântico Norte, todos os aliados expressaram solidariedade. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, alertou que o país está mais próximo de um conflito militar “do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial”.

Reforço da defesa da NATO no Leste Europeu

Como resposta a essas ameaças, o Reino Unido anunciou que jatos Typhoon da RAF começarão missões de defesa aérea sobre a Polônia, como parte da operação Eastern Sentry da NATO. Os caças operarão a partir de RAF Coningsby e serão apoiados por tanques Voyager de Brize Norton, juntando-se a forças da França, Alemanha, Dinamarca e Suécia que patrulham a ala oriental.

Um porta-voz do governo do Reino Unido enfatizou que essa ação reflete uma nova era de ameaça que exige uma nova abordagem de defesa. Os planos de resposta da NATO estão sendo revistos com a urgência adicionada pela advertência do general desertor, especialmente com a aproximação do inverno e a possível fragmentação da coesão política na Europa.

A ameaça da guerra cibernética e da desinformação

Além das ameaças militares diretas, a NATO também se depara com campanhas de desinformação, especialmente na Finlândia, onde alegações de um aviso coordenado por parte do Kremlin estão em andamento. Os oficiais ocidentais temem que essa campanha de desinformação seja uma forma de preparar o terreno para provocações adicionais ao longo do Golfo da Finlândia.

Enquanto a Polônia recebe suporte adicional da NATO, analistas alertam que a aliança continua vulnerável. O especialista militar Mykola Kuzmin advertiu que a utilização de jatos de combate multimilionários para abater drones de custo significativamente menor é uma estratégia insustentável. A Rússia é bem ciente disso e provavelmente continuará a aplicar pressão enquanto mantém sua capacidade de negação.

Por fim, o contexto geopolítico atual, que relembra táticas e provocações da Guerra Fria, torna as ações russas uma preocupação constante para a NATO e seus aliados, evidenciando a necessidade de estratégias de defesa mais eficazes e coordenadas.

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