Antes mesmo de iniciar as filmagens de West Side Story, nomes lendários de Hollywood como Elvis Presley, Elizabeth Taylor e Marlon Brando tiveram interesse em protagonizar o musical. Essas e outras curiosidades revelarão detalhes surpreendentes do clássico dirigido por Robert Wise e Jerome Robbins.
O elenco dos sonhos e as trocas de atores
Inicialmente, vários grandes astros foram considerados para o papel principal. Segundo o ator George Chakiris, a expectativa era de que estrelas como Warren Beatty, Audrey Hepburn e Robert Redford fossem os favoritos. No entanto, a escolha final recaiu sobre Natalie Wood, vista em testes por Wise enquanto assistia a Warren Beatty em Splendor na grama. Bottle foi uma aposta arriscada, já que ela teve que fazer várias aulas de canto e dublar sua voz nas canções, assim como Richard Beymer. Marni Nixon e Jimmy Bryant foram as vozes por trás de Maria e Tony, respectivamente.
As audições e bastidores das atrizes principais
Rita Moreno e a busca pelo papel de Anita
Moreno tentou várias vezes conquistar seu papel, sempre impressionando nos testes de canto e atuação, mas o maior desafio foi passar na audição de dança. Como contou em entrevista à NPR, ela se inscreveu em todas as aulas de dança possíveis, dedicando-se ao extremo para conseguir o papel. Após ser oficialmente contratada, Moreno quase recusou o papel ao descobrir a letra inicial de “America”, que criticava Puerto Rico. Stephen Sondheim foi rápido ao alterar a letra, suavizando a ideia.
A complexidade das filmagens e os desafios físicos
As coreografias exigiam bastante dos atores, com várias lesões ocorrendo durante as gravações. Gina Trikonis, por exemplo, foi hospitalizada com mononucleose, e outros sofreram ferimentos, como uma perfuração de joelho de Susan Oakes. Jerome Robbins, o coreógrafo, criou diversas versões para cada número, aumentando o ritmo de trabalho e o desgaste do elenco.
Escolhas criativas e dificuldades técnicas
Os cenários e desafios logísticos
As filmagens do prólogo e das cenas de dança ocorreram em locais reais de Nova York, como a esquina da 68ª rua com Amsterdam, que hoje é onde fica o Lincoln Center. Os locais foram adaptados às filmagens, incluindo escavações artificiais para captar ângulos específicos. O polémico número “America” foi uma das cenas mais caras e trabalhosas, com mudanças de cenário de última hora devido ao material usado, que derretia sob as luzes.
O impacto do diretor Jerome Robbins
Robbins criou várias versões das coreografias, o que tornou as gravações ainda mais demoradas. Ele também foi responsável por inserir Bernardo e os rapazes na música “America”, dando ainda mais energia à cena. No entanto, sua relação com o projeto não foi tranquila. Segundo relatos, Robbins foi afastado da produção por atrasos e problemas de orçamento, deixando a direção nas mãos de Robert Wise.
Perspectivas futuras e reflexões finais
Apesar dos inúmeros obstáculos, West Side Story permanece um marco da história do cinema e do teatro musical, influenciando gerações e moldando os musicais de Hollywood. As histórias de bastidores revelam uma produção cheia de desafios, mas também de dedicação, talento e inovação.
Quer saber mais sobre o lado oculto de West Side Story? Compartilhe sua curiosidade nos comentários e confira o livro West Side Story: Os Jets, os Sharks e a história de um clássico, de Richard Barrios.