Brasil, 21 de setembro de 2025
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Divisão entre partidos de esquerda no Rio para o Senado em 2026

A disputa pelo Senado no Rio de Janeiro em 2026 revela divisões entre PT e PSB.

A disputa pelo Senado no Rio de Janeiro em 2026 voltou a evidenciar a fragmentação dos partidos de esquerda na região. Nos últimos três anos, o PT e o PSB tentaram lançar suas propostas, mas viram suas candidaturas — André Ceciliano e Alessandro Molon — não serem eleitas. Para o próximo ano, Alessandro Molon, que não ocupa nenhum cargo no momento, aparece como candidato provável. Ao mesmo tempo, setores do PT discutem a viabilidade da deputada federal Benedita da Silva como sua candidata.

A divisão interna do PT e o suporte a Benedita

Recentemente, a discordância dentro do PT se intensificou. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, manifestou apoio a Benedita, chamando-a de “o melhor nome” para a candidatura, por sua capacidade de atrair votos da esquerda e de eleitores evangélicos. Ele enfatizou a importância de evitar outra divisão entre os partidos, já que isso poderia dificultar a eleição de um candidato de esquerda. Enquanto isso, o prefeito de Maricá e vice-presidente do partido, Washington Quaquá, declarou apoio a Molon, o que ilustra a divergência interna.

No início da semana, Quaquá publicou uma foto ao lado do líder do PSB, dando ênfase à necessidade de união. No entanto, sua leitura propõe que Molon é a figura com melhores condições de vencer a disputa, contrastando com a posição de Freixo, que defende a candidatura de Benedita. Em entrevista à newsletter Jogo Político, Freixo reforçou que o foco deve ser na reeleição de Lula e na construção de um Senado progressista, alertando que a divisão entre as chapas pode ser um grande erro.

Estratégias divergentes para as eleições

A ala ligada a Quaquá argumenta que a prioridade deveria ser garantir a reeleição de Lula e a eleição de novos deputados federais, mesmo que isso signifique abrir mão de protagonismos nas disputas majoritárias. Diego Zeidan, novo presidente do PT no estado, compartilhou que a posição oficial sobre o Senado ainda não foi definida, mas que a estratégia do partido deve se concentrar em maximizar os votos para Lula.

Apenas um nome parece estar disponível nessa disputa — Fabiano Horta, ex-prefeito de Maricá, que é cogitado como uma possibilidade de vice para Eduardo Paes (PSD) na eleição para governador. Contudo, a escolha de um vice de esquerda pode ser improvável, dado o movimento do prefeito em direção à direita, visando ampliar seu apoio no estado.

As implicações da internação na candidatura de Benedita

A candidatura de Benedita da Silva, que tem 83 anos e participaria de sua última eleição, é apoiada por muitos que acreditam que sua história e sua condição de evangélica podem ajudá-la a atrair uma gama mais ampla de votos. Sua experiência e trajetória política podem ainda dividir opiniões, mas seus apoiadores estão confiantes de que ela pode conquistar uma vaga.

No entanto, a possibilidade de Horta concorrer a deputado federal poderia resultar em uma disputa interna no PT em Maricá, pois tanto ele quanto Diego Zeidan poderiam dividir votos, reduzindo as chances de ambos se elegerem. Isso mostra a complexidade da situação política que o PT está enfrentando diante destas eleições.

Histórico das eleições e o cenário atual

Desde 1982, o Rio de Janeiro já elegeu diversos senadores de esquerda, destacando Benedita da Silva como uma figura vitoriosa em 1994. No entanto, no século XXI, apenas Lindbergh Farias, do PT, conseguiu vitória, em 2010. A tendência recente tem sido marcada por candidatos ligados a partidos de direita, com forte apoio de igrejas evangélicas, especialmente nas eleições que envolvem duas vagas no Senado.

Com o cenário político em constante evolução, a disputa pelo Senado em 2026 promete ser desafiadora para a esquerda no Rio de Janeiro. A fragmentação interna e a busca por alianças eficazes serão cruciais para que se possa garantir uma representação significativa do campo progressista no Senado, em um momento onde questões sociais e políticas exigem uma voz forte e unificada.

Conforme as eleições se aproximam, a pressão por decisões estratégicas será crescente, levando os líderes dos partidos a ponderar sobre alianças e candidaturas, em um cenário que, por um lado, exige união, e por outro, coloca à prova as individualidades e aspirações de cada um.

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