Brasil, 21 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Crédito consignado para trabalhadores de baixa renda enfrenta juros mais altos

Apesar da ampliação do acesso ao crédito, trabalhadores de baixa renda pagam até 6,6% ao mês em juros do consignado

O crédito consignado para empregados que atuam sob o regime CLT continua a ser uma ferramenta importante para acesso fácil ao crédito, mas quem tem renda menor ainda enfrenta juros mais altos, chegando a 6,6% ao mês em alguns casos. Dados do Ministério da Fazenda e da SalaryFits, empresa da Serasa Experian, mostram que, embora a taxa média de agosto seja de 3,28% ao mês, ela pode variar significativamente conforme o perfil do trabalhador.

Taxas variam de 3,3% a 6,6% ao mês

Segundo levantamento da SalaryFits, a taxa de juros depende do perfil de risco do tomador, com alguns trabalhadores pagando até 6,6% ao mês. Além disso, o estudo revela que 66% dos beneficiários possuem nota de crédito em torno de 400 pontos na escala da Serasa, considerada de alto risco de inadimplência, e 65% recebem até R$ 2 mil mensais. Essas condições operacionais dificultam o acesso a taxas menores, mesmo com programas de abrangência nacional.

Délber Lage, CEO da SalaryFits, destaca que medidas em andamento, como a garantia do FGTS, prevista para novembro, podem ajudar a reduzir o risco e, consequentemente, os juros para esse público. “A garantia do FGTS funcionará como um colchão de segurança para os bancos”, afirma.

Portabilidade de crédito em ritmo acelerado

Outra ação importante é a portabilidade, que permite ao trabalhador transferir sua dívida para outra instituição financeira na busca por juros menores. Segundo o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, o processo está parcialmente em vigor e estará totalmente operante até o fim de outubro.

A portabilidade potencializa a concorrência entre bancos e financeiras, podendo diminuir ainda mais as taxas de juros praticadas. “Quando o crédito consignado tradicional surguiu, em 2003, inicialmente predominou nas pequenas financeiras, e hoje é uma ferramenta consolidada”, lembra Lage. Ele reforça que a participação dos grandes bancos ainda é baixa, mas há potencial para ampliar o acesso aos benefícios do programa.

Perspectivas de redução dos juros

O secretário do Tesouro, além de destacar que a redução das taxas de juros está relacionada a uma questão de tempo, afirma que a combinação de novas garantias, uso de tecnologia e engajamento das empresas terá impacto positivo na robustez do programa de crédito consignado.

Apesar dos avanços, a assimetria de informações e os perfis de risco de consumidores de menor renda continuam a impactar os custos do crédito. Diante disso, a expectativa é que novas medidas e o aumento da concorrência possam tornar os juros mais acessíveis para esse grupo.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes