Brasil, 21 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Simone Tebet se destaca como candidata ao Senado em São Paulo

A ministra Simone Tebet ganha força na disputa pelo Senado, apoiada por Lula e com possíveis mudanças de partido.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), tem se destacado como uma das principais candidatas ao Senado por São Paulo nas próximas eleições. Apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a candidatura de Tebet, no entanto, enfrenta desafios, incluindo a possibilidade de uma mudança de partido, dependendo do candidato da esquerda ao governo estadual.

Corrida pelo Senado está aquecida

A corrida para o Senado em São Paulo se configura como uma das mais relevantes da próxima eleição, atraindo a atenção tanto de lideranças da esquerda quanto da direita. Isso se deve, em parte, ao poder que a Casa tem para deliberar sobre impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Tebet, outros nomes como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), são ventilados como potenciais candidatos.

Uma ala do PT, no entanto, sugere que Alckmin e Haddad seriam mais adequados ao governo estadual do que ao Senado. Embora Tebet tenha afirmado que não discutirá a eleição neste ano, seu nome já começou a aparecer em pesquisas de intenção de voto. Recentemente, ela se reuniu com empresários em um evento promovido pelo grupo Prerrogativas, que tem trabalhado para viabilizar sua candidatura.

Marco Aurélio Carvalho, um dos principais apoiadores de Tebet no estado, expressou que a postura da ministra no encontro teve um impacto positivo, afirmando que ela se mostrou corajosa ao defender o governo Lula em um ambiente que, segundo ele, é reticente às políticas do presidente.

Alianças e desafios internos

O deputado estadual Emídio de Souza (PT) ressaltou a preocupação do partido com a formação de uma chapa que possa equilibrar forças contra os bolsonaristas no Senado. Segundo ele, é fundamental que a esquerda “flexibilize algumas candidaturas nos estados” e apoie quem tiver melhor posicionamento nas pesquisas, destacando o potencial de Tebet.

Nos últimos meses, a percepção dentro do Partido dos Trabalhadores é de que Lula tem se animado com a possibilidade da candidatura de Tebet. Contudo, a definição sobre as candidaturas em São Paulo deve ser adiada até 2026, dependendo das decisões do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre sua própria candidatura à presidência ou à reeleição.

Possibilidade de mudança de partido

Recentemente, Tebet comentou sobre sua disposição para ser candidata ao Senado, ressaltando que, apesar de seu domicílio eleitoral ser atualmente no Mato Grosso do Sul, ela não descarta a possibilidade de concorrer por São Paulo. Ela também mencionou que o PT em seu estado já indicou apoio a uma eventual candidatura, embora a ministra não tenha se comprometido oficialmente.

Por outro lado, a candidatura de Tebet não é vista com bons olhos por todos dentro do MDB. O partido apoia atualmente Tarcísio de Freitas e alguns de seus membros acreditam que seria incoerente ter uma candidata ao Senado apoiada por Lula. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), por exemplo, defende que o partido deve adotar uma postura mais alinhada ao que consideram ser as prioridades para São Paulo, longe do apoio a Lula.

O cenário da direita e a disputa pelo Senado

Do outro lado do espectro político, a direita planeja lançar dois candidatos para o Senado: um indicado por Jair Bolsonaro e outro por Tarcísio. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) era o nome mais cogitado, mas sua saída temporária do Brasil dificultou as coisas. As atenções se voltam para outros possíveis candidatos, como o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL).

O ambiente político em São Paulo está se moldando rapidamente, com novas alianças e candidaturas emergindo. A disputa pelo Senado promete ser acirrada, refletindo as profundas divisões políticas do país.

No entanto, o futuro de Simone Tebet, com seu histórico de postura centrada e uma possível mudança de partido, será um dos principais pontos de atenção enquanto a corrida eleitoral se aquece nas semanas e meses que virão.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes